- Direção
- Joon-ho Bong
- Roteiro:
- Joon-ho Bong, Dae-hwan Kim, Hitoshi Iwaaki, Jin Won Han
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Coréia do Sul
- Estreia:
- 07/11/2019
- Duração:
- 132 minutos
- Prêmios:
- 72° Festival de Cannes - 2019, 77º Globo de Ouro - 2020, 2020 BAFTA, 92º Oscar - 2020
Lupas (70)
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Surpreendente e imprevisível...
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Surreal! Bong realiza um dos filmes mais criativos dos últimos tempos. Navegando brilhantemente entre a comédia, o drama e o suspense, Parasita aborda, com uma linguagem universal, questões relacionadas à polarização social, ao acesso (e à falta dele) às oportunidades e ao famigerado sistema de meritocracia, revelando que as consequências da extrema desigualdade entre "os do porão" e "os de cima" levam a adversidades que afetam, direta ou indiretamente, a todos. E que elenco magnífico!
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O drama social e a inescrupulosa busca por emprego lembra o franco/belga ROSSETTA (1999).
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O texto é riquíssimo e nos mantém hipnotizados durante todo o tempo, nos surpreendendo e arrancando boas risadas até a virada decisiva na trama, num brilhante jogo de quebra de expectativas, sem contar que tecnicamente é impecável. Os diversos símbolos apresentados são marcantes, as vezes sutis, outros devastadores, que promovem reflexão e um olhar crítico muito além do entretenimento, afinal somos todos parasitas, o que muda é a conveniência. Se o final fosse menos arrastado seria perfeito.
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Pertubador! Roteiro fantástico!
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A tensão das classes sociais convertidas na tensão dos conflitos dos personagens em seus próprios interesses, sem os maniqueísmos clichês de lutas de classes. Aqui, o pobre quer matar o pobre. Uma dúzia de cenas marcantes. Já nasceu clássico.
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Parasita reflete uma realidade social tão difícil de engolir quanto de digerir. A diegese constrói uma narrativa de eventos que lá pelas tantas culmina no limiar da enésima potência de todos os eventos apresentados, transitando a moral entre o choque e a reflexão. Esse é aquele tipo de filme que sai de década em década e a gente cobre o rosto com a mão pra assistir entre a fresta dos dedos.
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Maravilhoso! Provavelmente meu filme favorito da década.
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Parasita é o cinema sul-coreano se destacando cada vez mais, tal qual o próprio país como uma potência econômica. Não por coincidência, retratam-se as contradições sociais que existem no país e a falsa humanidade com que são tratados os marginalizados em seus trabalhos. Com personagens carismáticos e um roteiro que transita entre o humor ácido e inocente e uma metade final violenta e chocante, Parasita tem uma narrativa envolvente e um trabalho de direção habilidoso em não cair no novelesco.
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Cínico, divertido, critico.... Bong cria um filme tão extraordinário,que depois daquele último frame desolador , só nos resta aplaudir.... De pé !!
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Aparece com um certo frescor de originalidade e inovação além de propor uma reflexão válida sobre a discrepância social e o parasitismo inerente à todas as classes sociais e seus anseios. O que me incomoda é toda a sequência rocambolesca final e essa coceira incontrolável que o cinema coreano sofre ( tal qual o americano) na busca incessável no choque e da surpresa ao invés de se manter no campo reflexivo. Ainda bem que o plano final remete novamente ao reflexivo, caso contrário seria altamente
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Volta e meia, parece ocorrer algum tipo de histeria coletiva em torno de alguns filmes. Para mim, isso é o que acontece em Parasita- uma obra que entra na cabeça de muitos, mas cujas boas premissas sobre desigualdade social se perdem em reviravoltas rocambolescas, não conseguindo ser traduzidas em uma alegoria verdadeiramente reflexiva. No fim, a impressão é que Bong podia ter investido mais na tom satírico do início e de forma escalada, levá-lo a um desfecho semelhante porém sem tanta algazarra
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É um filme quase perfeito que surpreende as expectativas do público ao longo do caminho, controla o tom inconfundível das performances (todas maravilhosas) e faz um importante comentário social sobre diferença de classes. O melhor é acompanhar as várias revelações que o roteiro proporciona, todas lentamente e em pequenos turnos, até que (sem que você menos perceba) tudo muda definitivamente.
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É tão imponente e vigoroso que desde seus primeiros minutos já abraçamos a sua causa de forma concludente. A casa que fora escolhida para a trama possui um tom expressivo que funciona como um personagem quase vivo. Há momentos intensos e extremamente peculiares que juntos constroem uma narrativa cheia de surpresas e constrangimentos. A cena da exótica família apreciando a vista do jardim é quase uma poesia. Funciona como uma crítica inteligente e digna de nossa atenção. Original e esplêndido!
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Bong Joon-ho faz mais do que contar uma história fascinante, divertida e tensa: ele estabelece uma relação de oposição, mas nunca maniqueísta, entre uma classe que tenta viver estrategicamente o que dá para viver, em contraponto a outra que, ingenuamente, leva sua vida da forma que está habituada. É o todo, entretanto, que ressignifica as ações de um e outro, fixando valores e unindo-os por uma ligação de desigualdade e injustiça que culmina na loucura final.
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Capitalismo e o insuportável mau cheiro da desigualdade.
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Condução narrativa primorosa, sintetizando o discurso de Bong e de toda uma seara sul-coreana em uma jornada de caricaturas, choques de realidade, inversão de tom e atmosfera sempre vibrante. A força da mensagem em vínculo com narrativa de entretenimento.
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Sensacional a construção da narrativa, começa devagar e chega num final inimaginável. Surpreendeu demais.
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O filme do ano
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Consegue unir crítica social (embora mais no campo metafórico e sensorial do que na construção objetiva direta mesmo) a um forte apelo popular de maneira singular. A 1a parte pra mim é o maior mérito do filme, uma comédia bem acima da média, texto foda em forma e conteúdo, e direção, c/todo o contraste social e carisma do elenco (em especial Kang-ho Song). Do plot twist p/frente muda o gênero, o q também agrada o público médio, mas me parece cair na mesma toada de outros bons filmes coreanos.