Lupas (70)

Que filme envolvente, amei a trama. Que final insano, atuações maravilhosas. Direção impecável. Joon-ho Bong como sempre nos apresentando experimentars excepcionais.

Parasita é o tipo de filme que será usado em aulas de cinema, pra falar de montagem, roteiro e direção. Tudo é muito bem orquestrado. O que, porém, não é compreendido, é o fato de que não há, no argumento, ou na direção, algum material pra se extrair o que se chama pretensiosamente "crítica social". O que se vê alí é comportamento e escolha individual; Se há uma critica, é de cunho moral.

Talvez seja apenas uma questão estética, mas o roteiro não escapa das reviravoltas nas tramas asiáticas que, combinadas com este senso estético, murcha, ao meu ver, toda a discussão moral que está disposta na trama. Enfim, é de fato bem construído e prende o espectador. Mas, ao meu ver, é pouco para tamanha aclamação pela Academia e a crítica diversa.

Joon-ho Bong toma Hollywood de assalto e coloca o cinema coreano, já tão bom há tantos anos, nos holofotes com uma obra completa, com espaço para humor ácido, reviravoltas deliciosamente absurdas e crítica social pungente

Magistral 27/02/2020

Parasita é um filme perfeito até nas suas imperfeições.

Cauim/Sesc, 20-02-2020

Não a palavras para descrever a minha alegria quando os premio foram anunciados para este magnifico filme. Um dos melhores que já assisti na vida. Atuações perfeitas e uma direção sem perder o filme 1 segundo. Não sei como alguém da outra nota a não ser o 10.

Esta tal de expectativa.... Derruba qualquer obra. Esperava o novo Cidadão Kane e assisti um bom filme, com qualidades e uns defeitos também.

Fez história merecidamente, merece ostentar o 10 na lupinha.

Filme retrata uma sociedade sem ética e moral, seja ela de alto padrão ou miserável. Filme cresce a cada minuto, e termina de forma GIGANTE. O desfecho da história é surpreendente, com cenas memoráveis que certamente entrarão para história do cinema....filmaço!!!

Ainda boquiaberto tentando entender como uma besteirada dessa (um fiapo de história inspirada em Marx e Engels) conseguiu levar não só o Oscar de melhor roteiro original, como (e principalmente) a façanha de conseguir ao mesmo tempo filme (principal) e estrangeiro!!! As atuações caricatas, tipo novela global, muito menos ajudam pra isso. E prêmio de direção então!!! Sequer o diretor coreano conseguiu expor o pretendido humor negro às cenas. Enfim, até enredo da Mangueira consegue ser melhor.

O filme é bem interessante, mas muito hypado. Ele esquece de responder algumas coisas para deixar a história fluir, mas acaba forçando muito diversos aspectos (especialmente a burrice e a proximidade dos chefes com os funcionários). Acabo o filme inteiro torcendo contra todos os personagens porque o filme mostra que todos são podres, que nossa sociedade está podre. E me preocupa pois não tenho certeza se todo espectador captou a maldade da família protagonista.

Confesso que esperava mais desse filme, houve realmente um hype muito alto em torno dele. Mas é inegável a ótima metáfora esboçada aqui: o sonho em torno da classe média, a alienação perante o sistema, a inveja, o desejo de ter, o materialismo e o cinismo em TODAS as classes. Está portanto muito longe de ser revolucionário, é mais sobre um estudo de caso das tensões entre classes, com alguns furos e concessões do roteiro, mas bem atuado e dirigido.

Ao equilibrar inúmeros gêneros, o diretor Bong Joon Ho consegue criar um enredo poderoso, inquietante, muitas vezes engraçados e certos pontos tensos e de extrema violência, beneficiando de uma crítica político-social que enriquece seu ponto de vista satírico, e engrandece sua obra-prima.

Mais um excelente exemplar do cinema sul-coreano. Excelente direção de Bong Joon-ho, tecnicamente impecável, grande elenco com atuações excelentes. E o roteiro é maravilhoso, com uma crítica sociais muito bem feita. As revelações são realmente imprevisíveis e o filme transita muito bem entre os gêneros. Melhor filme de 2019. Obra-prima.

Parasita como o nome sugere, conta a história de uma família de desempregados e seu famigerado plano de melhorar de vida as custas de uma família rica (porém um tanto ingênua). Apesar de se sustentar bem em suas atuações, é um filme que não se encaixa tão bem, falta um certo carisma, uma certa ousadia, funciona como entretenimento, acredito que funcione como critica social, mas não acredito que terá forças para enfrentar outras produções que estão um ou dois patamares acima.

O ser humano é tão execrável que chega a ser engraçado, até certo ponto. Quem se acabou de rir em determinados momentos é ignorante ou sociopata. O Diretor soube manipular isso muito bem. Psicologo de Rh pode aplicar esse filme como teste facilmente.

Emulação da realidade através de um sonho do diretor. O link (parece uma ''bilogia'') com "The Host" é de se admirar - no tocante ao mito da caverna, para citar um exemplo -, até porque os gêneros não se comunicam, habitualmente. Muito cômica a luta pela submissão!

Pra um filme hypado assim, não posso não ir com pedras na mão. Porque sempre há uma explicação para a adoração geral, e normalmente está em algum roteiro arrogante na responsabilidade de uma equipe competente. E é o que temos aqui. Sem querer soar pedante, mas as coisas simplesmente não se amarram. Como entrar em detalhes não convém, digo que é sim um bom filme, sobretudo tecnicamente, que entretém e passa rápido, porém que me irritou por tentar ser uma crítica social, no que falha absolutamente