- Direção
- Roteiro:
- André Novais Oliveira
- Gênero:
- Origem:
- Duração:
- 113 minutos
Lupas (14)
-
Entre dramas enlatados pra festival do Vitrine-core, nesse estilo implantado ao cinema nacional artificialmente, esse se sobressai como o mais verdadeiro, sincero e brasileiro trabalho da recentidão. Sabe pra onde quer ir, textual e cinematicamente flui como água sem os estudantismos do Kleber, seus acenos pra crítica estrangeira. Finalmente parimos o nosso Tsai Ming-Liang orgânico. (E o pessoal ainda em comparações com Kiarostami, pffff, é não entender nenhum dos dois)
-
A poesia das ruas brasileiras, do cidadão comum e da vida cotidiana. De um extremo encanto em sua simplicidade, extrai daquilo que é insignificante uma simpatia e uma imersão que promove um naturalismo único. Os personagens não têm direção na vida, tiveram seus atritos no passado e no presente caminham dando um passo de cada vez. Um filme singelo que entrega uma profunda aproximidade.
-
Importante retrato da vida simples de uma mulher que trabalha como agente de saúde epidemiológico, tem a cara do Brasil sofrido. Confesso que me cansa um pouco a estética, esse tom documental e essa desesperança me soam melhor em outro formato, mas ainda assim é gostoso de acompanhar.
-
Um autentico drama cotidiano suburbano brasileiro. Aqui aparentemente não acontece muita coisa, o que por si só não é um problema, nem todo filme precisar ser um Oldboy, sendo que só o fato de acompanhar o dia a dia da protagonista já vale a pena.Entretanto, se engana quem acha que o filme é só isso, ele vai muito alem e aborda de forma sutil outros tantos pontos,como amizade, falta de perspectiva, solidão,... O tom semi documental(aquele mineires é uma delicia) me lembrou algo de Abbas.
-
Se apega muito no cinema lado b quase documental que os Eua tem trazido recentemente com Andrea Arnold e Sam Backer. Um retrato do cotidiano, sem discursos inflamados ou panfletários mas suas observações sobre preconceito racial, feminismo e disparidade social estão presentes.
-
Tudo harmoniza tão bem nesse filme, que beleza de encenação!
-
A ficção quase esbarra no documental com tamanha organicidade narrativa e diálogos naturais. Grace cativa com suas gradativas escolhas e o elenco sintetiza a alma do ambiente em que tudo discorre. Entre balanços de passado, memória, arrependimentos e conformismos, o sutil passo para a liberdade pode ser momentâneo, porém catártico para uma vida inteira.
-
Que filme lindo... Cenas cotidianas, e a Juliana contando como passou no concurso e foi chamada qd já nem tinha mais esperança, guardada as devidas proporções, bem distantes por sinal, foi a minha história, um trabalho lindo, tão pouco remunerado e valorizado pela população, já fiz serviço de rua nesse estilo, fiscalização, ainda bem que durou pouco, é desgastante...
-
Em um cotidiano da grande Belo Horizonte, histórias comuns representando a linha tênue entre liberdade e solidão.
-
No aparente minimalismo, Oliveira tem muito a dizer e faz fluir sua narrativa com invejável naturalidade, não devendo nada aos grandes contadores de histórias. E tudo temperado com um mineirês bão demais da conta.
-
O que é pra ser; de um jeito de ou de outro em algum momento será. Cabe a nós entendermos, aceitarmos e seguirmos em frente; sempre em frente. E Temporada é sobre isso, sobre os pedaços de tempo que vamos grudando uns aos outros para contar uma história.
-
É boa parte daquilo que 'Baronesa', de 2017, tentou ser. Eis o naturalismo de um cotidiano urbano brasileiro, feminino, negro, trabalhador e periférico, integrando então a graça que pode e reside, de fato, na humildade das coisas. Pequena pérola.
-
O filme consegue prender a sua atenção o tempo todo, mesmo não abordando nenhum assunto “especial” em si. É apenas o cotidiano, é a vida real. Dá pra sentir toda a brasilidade. É um olhar mais humano e sincero do povo brasileiro, saindo dos estereótipos.
-
O minimalismo da narrativa permite adentrar com sutileza questões presentes no cotidiano periférico das grandes cidades brasileiras. Solidão urbana, pequenas emoções da convivência, dificuldade financeira, preconceito, injustiça social. Belo e relevante.