
Lupas (7)
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Frio demais, trata de sentimentos com um vazio que distancia completamente o espectador. Parece que os personagens são estátuas, e suas relações um exercício vago de sociabilidade - e tudo isso é ressaltado pelo roteiro confuso. Pelo menos a fotografia neon dá um charme ao filme.
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Confesso que demorei a adentrar por completo à imersão que o filme propõe para se tornar coeso em sua proposta, além de achar o prólogo demasiadamente confuso e alongado. Mas a partir do momento em que se encontra a entrada para o que está realmente "ali", o filme se torna algo tão sinestésico que é até difícil de encontrar palavras para descrever. Além de ser visualmente surpreendente, com decupagem e fotografia hipnotizantes, é uma experiência formal, estética e narrativamente impressionante.
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Lembranças convertidas em um sonho que na verdade é uma busca pelas memórias do que foi eterno e/ou passageiro na vida de um homem. O plano final é a certeza de que por trás da câmera está um visionário do cinema da atualidade. Perfeito!
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Ecos de cinemas autorais de Kar-Wai à Edward Yang, de Tsai mIng-liang à Tarkovsky com uma pitadinha de Alain Resnais. Um primor técnico e de significância. Um embate onírico entre sonhos memórias, entre o real e o imaginário, entre o eterno e o passageiro. O estado de espírito do personagens corroído pelo tempo, que segue seu trilho, seu caminho sem nunca chegar ou sair de lugar algum. Cinema como há tempos eu não via. Obrigado Gan Bi.
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Filme queridinho da crítica, que não me encantou. Personagens pouco envolventes e roteiro muito confuso. Pode-se até dizer que é por ser um filme onírico, mais calcado nas imagens, mas a condução não me convenceu. Traz, sim, belas imagens e a fotografia enche os olhos nos primeiros 30 min de filme. Porém, em seguida, a insistência em planos dentro de planos acaba tornando-a enfadonha. A parte final traz um longo plano sequência monótono, completamente dispensável.
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As vezes parece estilizado e solene demais assim como outros filmes dessa safra do cinema chinês mas tem sequencias quase que magnificas, toda a gigantesca parte final é um deslumbre.
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Ele fala sobre memórias, a reconciliação com o passado... É uma jornada existencial e introspectiva para o seu protagonista. É cinema de autor. O estilo técnico é apurado, o que ele fez na segunda metade do filme merece respeito: um plano sequência de quase uma hora, numa viagem de sonho, com muito simbolismo. Não é apenas um recurso estilístico qualquer. Excelente filme.