- Direção
- Kleber Mendonça Filho, Juliano Dornelles
- Roteiro:
- Kleber Mendonça Filho, Juliano Dornelles
- Gênero:
- Drama, Faroeste, Ficção Científica, Suspense
- Origem:
- Brasil, França
- Estreia:
- 29/08/2019
- Duração:
- 132 minutos
- Prêmios:
- 72° Festival de Cannes - 2019
Lupas (65)
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Um filme político ruim com elementos de terror ou um filme de terror ruim com elementos de política?
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As personagens, embora não desenvolvidas o suficiente, são brilhantes e sustentam a história. A cena do cantor de repente com os motoqueiros estrangeiros é maravilhosa!
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A canção tema é excelente e os estereótipos não seriam problemas se o filme tivesse uma atmosfera e linha autoral mais fortes. O discurso é simplista e mal desenvolvido, mas se explica pelas implicações do momento (incomoda pelo modo como é usado e não por si mesmo).
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Quanto mais eu penso sobre, menos eu gosto... Mas finjo que é uma obra prima pq é um filme importante pro momento: é hora de exaltar.
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A cidade como protagonista, reflexo de algo que insistimos em subjugar seu valor. Tecnicamente impecável, sua linda fotografia enche a tela com cultura, diversidade, política, violência e alma, daquela que jamais poderíamos nos envergonhar de tê-la. Da belíssima abertura ao chocante triunfo de reação, sobra contemplação, provocação, utopias, realidades. Poderia ser perfeito se a caricatura dos invasores não fosse tão gritante. Filmaço, outro pra conta de Kleber Mendonça Filho.
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É difícil ter um filme favorito de KMF, neste ele perde mais e mais o medo da coisa cinema, numa dialética muito especial da cinematografia brasileira.
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Sem palavras pra descrever o orgulho q senti com esse filme! KMF e Dornelles invocam o cinema de gênero pra fazer um lindo canto de amor ao nordeste. Trilha foda, cinema novo, capoeira ao som de Carpenter, homenagem a Verhoeven... Obrigado por representar minhas raízes c/tão belas imagens e de mensagem tão potente num filme q vai ficar pra história (minha família toda vem da cidade onde foi filmado). Desbancou Assalto ao Trem Pagador e virou meu filme de gênero favorito do cinema brasileiro.
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Filmaço!! Um dos melhores filmes deste ano, muito bem produzido e dirigido. A história é cheia de simbolismos, os quais são facilmente destrinchados dada a atual realidade brasileira. Um soco no estômago daqueles que querem impor suas verdades e um grito de liberdade dos oprimidos!!!
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Filmaço! Insano e visceral, uma ode à resistência dos socialmente excluídos. Original e tecnicamente belíssimo. Uma joia do Cinema Brasileiro.
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Mendonça Filho e Dornelles conduzem uma narrativa em que os maniqueísmos funcionam, visto que se adequam à suspensão da realidade e à potencialização grotesca das mazelas sociais e políticas propostas. Além disso, é retomada a perspectiva diacrônica da formação do nordeste tecida em O Som ao Redor: a aptidão ao combate e ao enfrentamento está ostensivamente enraizada e manifesta por meio de diversos sinais, tanto na paisagem e na história quanto nos personagens durante o catártico clímax.
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O que tirou o grande potencial de Aquarios volta aqui, mas dessa vez ela é a própria alma do filme. Falta a profundidade, e Mendonça se perde em esteriótipos e discursos de facebook sem criar real profundidade em nada. Sobra forma... falta conteúdo. Acabando se tornando quase que um outro reflexo de uma politica e um discurso preguiçoso.
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Tirando aquele começo que é um pouco lento demais, Bacurau é um filmaço. Direção e roteiro excelentes, ótimas atuações, mesmo tendo na maioria atores desconhecidos. Consegue passar por vários gêneros diferentes de uma forma muito orgânica. Tecnicamente é um filme praticamente impecável. Um dos melhores filmes do ano.
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Em Bacurau, o reforço da luta e do abandono aos esquecidos, pela exploração de um país desenvolvido, pela corrupção política local. Por poder vingar quem apenas sofreu. Infelizmente esse argumento não representa de verdade o que é Bacurau. Extremamente caricato, maniqueísta e prepotente. Tem uma direção de ator catastrófica, ninguém no filme(exceção de Braga) conversa de maneira natural, espontânea. É um roteiro raso, que de nada impressiona ou condiz com o tamanho dos temas que aborda.
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Um orgulho o cinema nacional conseguir atingir um nível tão alto também em filmes de gênero e aqui numa mescla interessante de suspense, western e violência, com pitadas de ficção científica e o sobrenatural. Uma mensagem dura e alarmante sobre o presente e um tenebroso futuro próximo, mas também a certeza que a resistência sempre estará lá.
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Apropriação cultural e artística para reformular, expandir, dar novos contextos e pontos de vista. Resistência que esbanja calor na revanche aos preconceitos, estereótipos, hipocrisias, sensacionalismos, autoritarismos, monopólios e o escambau. Isso é Bacurau, o miolo que fala por tudo.
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Maravilhoso! E com pitadas irônicas e tarantinescas! Orgulho deste tipo de cinema nacional.
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Esse KMF zuêro bota o KMF autoimportante de Aquarius no chinelo - transforma seu discurso político em elementos e estrutura de gênero, consciente de que lida primariamente com estereótipos, fazendo com que as subversões funcionem, e se diverte com a boa caralhada cujo terreno ele prepara com competência. É seu melhor filme até aqui. Fucking savages.
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Demorou um tempo para digerir. Confesso que a alta expectativa me causou certa ânsia de querer "ver mais". Há cenas em que você espera que algo acontece e... nada. Contudo, é uma quebra de estereótipos de filmes brasileiros e, de certa forma, nordestinos.
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O roteiro escancara que se trata de uma alegoria política, e essa falta de sutileza, bem como as constantes reiterações textuais e imagéticas acerca dessa leitura, depõem contra o resultado final. Por outro lado, a ousadia da dupla de realizadores em orquestrar um cruzamento de gêneros, dando-lhes uma personalidade muito própria, é bem-vinda. Nota-se também o que já se pode consideradar uma marca autoral de KMF: o uso recorrente das gruas e o tom de ameaça iminente.
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Não se luta por justiça. A justiça é a própria luta. Filmaço!