- Direção
- Sean Baker
- Roteiro:
- Sean Baker (escrito por), Chris Bergoch (escrito por)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Estados Unidos
- Estreia:
- 01/03/2018
- Duração:
- 111 minutos
- Prêmios:
- 75° Globo de Ouro - 2018, 90° Oscar - 2018
Lupas (35)
-
Com exceção do ator veterano Willem Dafoe, quase todo o elenco era formado por atores estreantes ou inexperientes. Os cenários dos motéis são genuínos. Eles continuaram operando como empresas durante as filmagens, e alguns residentes e funcionários da vida real são vistos no filme.
-
O título do filme acaba, através de sua ambiguidade, ressaltando a ideia de materialidade inebriante dos arredores. Não há projeto para a Flórida destas personagens além daquele, de concreto e aço, que recebe tal alcunha. Não há sonhos, senão os imediatos: o sorvete do dia, a calda extra, o novo quarto de aluguel.
-
Um daqueles filmes que de tão natural sua história, parece que estamos acompanhando um documentário, as histórias são contidas, as interpretações também, as crianças são as vítimas e também o coração do filme, acompanhamos todos os personagens em suas rotinas que nos sentimos dentro do filme, sentimos eles como nossos vizinhos e conhecidos, nos emocionamos... defoe está contido e natural, não vemos ele só o personagem e que pessoa legal, no fim um respiro lúdico em meio a tanta crueza.
-
Uma obra de arte, poesia visual, roteiro estonteante e um final tão lírico e forte. Aqueles filmes lentos que atraem de uma maneira absurda... Uma obra para se rever anualmente. BELÍSSIMO!
-
9,5 maravilhoso! Melhores atuações infantis que já vi na vida
-
Legítimo filme franco-tupiniquim (nada de introdução e conclusão, tem somente meio), vendido como sócio-filosófico, mas que não passa de apologia motivacional à anarquia, da malcriação das crianças insuportáveis (espelhando progenitores folgados) à prostituição cool justificada, passando por 171 (trambique), furto, vadiagem e agressão!
-
Atuações incríveis do núcleo infantil, é uma pena que seja apenas na primeira metade, uma vez que após isso as crianças se afastam. A edição fica meio perdida, mas conseguem ao final transpor toda a incoerência e perturbação que o colorido daquela casa encarcera. A plastificação das relações anda junto com a necessidade de sobreviver, numa Florida construída para abrigar a futilidade. Dafoe, monstro. Agora Broklinn Price é absurda.
-
As cores do tédio.
-
Uau, início chatinho, com criancinhas fofinhas, pensei que seria mais um filme fofinho alternativo e chato, ledo engano, uau... Começo simples, filmagem casual, mas que atuações, crianças lindas, show de interpretação, a postura da mãe me incomodava a todo momento, apesar de compreender essa juventude transviada e sem noção, as rebeldes sem causa, literalmente, tantas cores lindas se contrapondo ao sofrimento das crianças e ausências familiar, educacional e financeira... LINDO...
-
Belíssimas imagens. Um roteiro interessante. Bela obra.
-
O olhar de San Baker para esta anti-fábula da vida real é lindamente devastador porém algo me incomoda na simbologia dos helicópteros; segui uma linha de leitura que Baker condena os sistemas de segurança bem como o papel da polícia e da assistência social, o que neste caso específico era completamente justificável dada a postura displicente da mãe. O próprio personagem de Defoe é a simbologia nítida do controle, burocracia e rigidez policial.
-
Tem alguns problemas, algumas coisas soam forçadas, mas nada que tire o brilho do soco na cara que é esse filme! Alguns simbolismos são muito didáticos, mas muito bem sacados, como a metáfora da Flórida como uma casa com um lindo lilás por fora, mas cheias de percevejos por dentro, ou do pote de ouro e o duende que não deixa você pegar. Dafoe pra variar arrebenta, assim como a mãe e a filha. E não dá pra não citar a cena hilária do casal brasileiro no hotel (que fase a nossa hein galera kkk)
-
A crescente desigualdade social que assola os EUA é vista através do olhar singelo e aventureiro de uma criança. O que não significa um filme dócil, pelo contrário, a dureza e os conflitos do mundo adulto estão sempre presentes. Dos melhores de 2018.
-
Projeta a realidade com uma crueza visual instigante, aprofundando-se em arredores, sons, miudezas e rotinas com aspecto documental. A inserção de momentos dramáticos e a câmera espiã sobre as crianças funciona brilhantemente.
-
Quando o sonho americano é vomitado goela abaixo por uma prostituta mãe solteira em um hotel as margens de uma Orlando marginalizada. Sensível, comovente e realista como poucos trabalhos Estadunidenses.
-
O ambiente, as cores, o realismo com tons de fantasia infantil, tudo isso num mega soco que Baker nos dá. Melhor filme sobre a realidade americana que vi nesses últimos anos.
-
As ótimas atuações garante personagens bem naturais e divertidos, além de criar bonitas relações entre eles. O roteiro peca pela repetição, mas junto com a direção, acerta na abordagem social, que é bem realista e foge do caricato.
-
Um retrato dos excluídos em torno dos maiores parques de diversões do mundo, através dos olhares puros de crianças que pouca chance terão de futuro. A mistura desse realismo duro com escapes de fantasia funcionou muito bem com o tom de humor.
-
Realismo e lirismo andam juntos aqui. Boa fotografia, e todos os atores estão impecáveis.
-
O quintal da terra dos sonhos recebe a atenção de Baker, que continua mostrando a periferia de forma delicada, sem esconder seus pesos, nem atenuar no melodrama. Uma América também muito bem retratada em um condomínio suburbano.