Pobre Jeff Bauman, um início difícil, a aceitação da tragédia, que poderia ser evitada se tivesse aceitado o fim, entretanto, talvez, ele nunca tivesse vivido toda essa experiencia, trágica e, ao mesmo tempo incrível… Forçado a se tornar um símbolo de esperança, uma carga pesada, um fardo difícil de carregar… Mas um filme lindo, que impulsiona, motiva e da esperança…
Numa espécie de complemento do "Dia do Atentado" (provavelmente o filme não teve os direitos de imagem do protagonista), o roteiro apresenta a vida pós-amputação de Bauman. Talvez o objetivo fosse retratar o problema da aceitação da perda de mobilidade, ao mesmo tempo que o personagem não se sente à vontade ao ser exaltado como herói simplesmente por ser vítima. No entanto, a direção jamais atinge a sensibilidade necessária e cai na mesmice narrativa de obras semelhantes. Vale pela curiosidade.
Quando fala da tragédia íntima escorrega ao optar por um caminho convencional demais, fica interessante quando evidencia o emocional fragilizado de todo um povo marcado por tempos de guerras. No fim o saldo acaba sendo mediano.
Carregado de forma competente por Gyllenhaal e Maslany, Stronger acerta ao abordar de maneira crua uma relação após a tragédia central. porém, nos 30min finais, cai no pornô de inspiração patriótico barato que tanto quis repudiar. Quase um grande filme.