- 314º filme de 2.021! Visto em 17/08...
- Razoável...
- A reconstituição de época é boa e a belíssima Stacy Martin está a cada filme melhor como atriz... (Obs.: o 315º filme de 2.021, também visto no dia 17/08, foi o suspense "Uma Babá - Objeto de Desejo" (1.995), com a Alicia Silverstone e o 316º filme de 2.021, visto no dia 18/08, foi o drama/romance "Fragmentos de Amor" (2.016), com a Angélica Blondón)...
Hazanavicius se utiliza de recursos muito usados por Godard, como seus famosos slogans, ruídos sonoros, fotografia avermelhada, travellings e um pouco de metalinguagem (ainda que soem eventualmente tolas algumas das observações).
Godard e sua personalidade difícil em composição acerta de Garrel, distante do tipo charmoso que costuma encenar. As lascas de ironia do roteiro (a nudez questionada e exposta) vêm a calhar neste recorte biográfico.
É óbvio que Hazanavicius tenta emular o estilo de Godard em vários momentos (aquele frescor dos primeiros trabalhos), o que resulta em um filme charmoso e elegante. Mas o destaque é a dupla Louis Garrel e Stacy Martin, perfeitos em sua representação.
Cinebiografias são limitadas pela realidade e por isso recheadas de armadilhas. Apesar disso o filme trás uma bela reflexão sobre aceitar ser o que se é. Vale a pena.
Existem duas grandes lições para se extrair daqui: Godard era/é mesmo um babaca de marca maior e o tom de Hazanavicius mais atrapalha o potencial e impacto de seu material do que o contrário. Garrel está bem.