Lupas (11)
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Antes de tudo, o filme demonstra que Hollywood voltou a fazer merchandising para a indústria tabagista, tão intensivamente quanto nos anos 1950. Assim, roteiro (bela garota desprezada por gênio bibliotecário bobão se apega à arquitetura "curandeira" de um príncipe encantado coreano) é uma simples formalidade para justificar uma tragada atrás de outra. O elenco de 3ª linha apenas cumpre essa função (aliás, uma pena ver a lindíssima Haley Lu Richardson relegada a garota-propaganda de cigarros).
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Tem uma sensibilidade que realmente se interessa por seus personagens. Acho que o lance com a arquitetura não é tão marcante.
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A harmonia entre personagens e ambiente é cativante, em composições tão simples, mas de arrojo cênico essencial para introspecção. Texto vibrante e singelo que verte camadas de personalidade numa das grandes surpresas do ano.
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Enfadonho.Mas na reta final,acabei me apegando a dupla principal.
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Os planos exuberantes convidam a um olhar mais acurado e os dramas de seus protagonistas encontram eco em muitas vidas reais. Já era tempo de o cinema ter um encontro mais íntimo com a arquitetura.
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A aceitação do nosso futuro e do que não está nos nossos planos é inevitável. Seu ritmo lento contribui para a construção de um clima triste e no desenvolvimento da relação do público com os personagens, embora estes não sejam tão profundos como deveriam.
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Belo filme. Diálogos tão recheados de silêncios e interlúdios, ou são os próprios silêncios, interlúdios?, de conhecimento mútuo (Jin e Casey), mas também de auto conhecimento.
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Se o roteiro acerta ao desenvolver uma correlação orgânica entre os protagonistas e a arquitetura de Columbus, construindo bons momentos que são amparados pela direção evocativa de Kogonada, peca ao cair em certas soluções fáceis. Interessante em geral.
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Personagens fumando em meio a diálogos sobre arquitetura e muita solidão e melancolia são a receita desse Columbus, uma obra onde a técnica enterra a própria trama ao ter esta sendo regida pelo enquadramento. Lembra Lost In Translation, o que é nada bom.
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Os planos quase sempre estáticos e milimetricamente simétricos refletem a eterna busca por equilíbrio na assimetria de sentimentos, encontros e impermanências subjazida por uma insistente melancolia. E o que é a vida senão isso?
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É tudo sobre os personagens, as indecisões e obstáculos. Uma abordagem introspectiva que percorre a jornada de cada um deles por meio de diálogos e cenas preciosos. Tudo sob o olhar pleno e bem polido de Kogonada, em sua estreia como diretor/roteirista.