Lupas (29)

05/06/2023

A premissa das analogias dos quadrinhos perde forte relevância e a tentativa de incluir outros personagens não agrega à jornada da trama que, por sua vez, não segue um rumo coerente. Sendo assim, a autenticidade do pioneiro Corpo Fechado e o suspense sublime de Fragmentado se dissolvem como algo frágil.

Bem irregular.

Não envergonha os filmes anteriores mas não apresenta a mesma fluidez, tendo diálogos muito expositivos e personagens subutilizados. Sobretudo o universo criado pelo diretor continua sendo muito interessante e James McAvoy perfeito em cena.

Eu me empolguei e comprei a história. Respeita "Corpo fechado" e honra "Fragmentado".

Não dá pra saber o que é pior nas inconsistências do roteiro, 2h de psicologia pra convencer que HQ são reais ou a irresponsabilidade geral no tratamento de detentos de alta periculosidade. Os personagens reproduzem diálogos risíveis (McAvoy beira o insuportável nas suas macaquices). Para emendar e fechar seus contos anteriores de super-heróis, Shyamalan faz uma enrolação miserável e ignora qualquer lógica nas reviravoltas díspares, baseadas em argumentos não desenvolvidos ("multidão do trevo?).

Uma conclusão satisfatória para os seus dois predecessores, ainda que não contribua na "mitologia" como esses.

Esse filme podia ser MUITO melhor do que foi, mas fecha bem a trilogia.

Nada funciona naturalmente ou passa qualquer sentimento de um trabalho bem pensado, técnico ou com fundamento. Não sei quais foram os problemas de Shyamalan com a produção, mas nem os atores acertaram a mão na hora de interpretar seus personagens, soando exagerados ou perdidos em boa parte do tempo. O pior fica por conta da personagem da atriz Sarah Paulson, que numa grotesca representação de uma espécie de vilã transforma o pouco do interesse despertado pelo roteiro, em tédio.

Interessante crossover de personagens (existem muitas possibilidades nisso). Mantém a estrutura dos anteriores e faz um bom confronto deles. Pena desperdiçar tanto Willis - final péssimo - e dar espaço enorme para o personagem chatão de Paulson. Valeu por focar na esperteza do Sr. Vidro - duelo de atores incrível entre Jackson e McAvoy. Shyamalan se acostumou a fazer anti-clímax, nitidamente criando resoluções quebradas de propósito, pra frustrar. Incluindo esses diálogos bobos sobre HQ.

Um milagre do Shyamalan, tinha tudo pra ser horrível e a primeira hora é uma porcaria, mas ele fecha bem o arco dramático e a verborragia ganha sentido. Uma antítese à Dunkirk (que é ruim especialmente na conclusão frouxa e nas concepções modernosas).

Filme com muitos detalhes, desenvolvimento extremamente envolvente. Um suspense no estilo shyamalan em sua melhor forma. Muito prazeroso rever David Dunn e Sr. Vidro!

Há uma alta quantidade de enredos paralelos, e a montagem envolvente consegue acompanhá-los, deixando o filme bem movimentado e com um bom ritmo. O lado psiquiátrico dos personagens é bem construído, rendendo um eficiente clima épico e sentimental.

fraco

Sobra pretensão, falta estofo: o falatório consome a paciência e os personagens andam a esmo, sobretudo Willis; McAvoy, por sua vez, tira a camisa a cada duas cenas e Jackson é cozido tempo demais em banho-maria. Uma trama tão frágil quanto vidro.

Os belos estudos de personagens são transformados em sátira neste encontro que quebra as expectativas em tom irônico e pelas inúmeras reviravoltas.

Achei meio irregular (e forçado) no roteiro e ritmo. Possui bons momentos, e é um pouco melhor que Fragmentado, mas está muito longe dos filmes do início da carreira do diretor.

Ótimo filme

Um final digno para a trilogia de Shyamanlan, mesmo que não acabe. Um dos poucos diretores atuais, que ainda busca manter a fé no extraordinário. Usa seus filmes para esse fim. Não é para isso que os filmes foram criados?

Shyamalan em casa oferece um pipocão acima da média. Fecha sua trilogia bacana q homenageia c/ estilo o universo dos heróis HQs. Confesso que não vi nada d+ ou autoral na direção, mas certamente conseguiu agradar seu público jogando c/ seus plot twists.