A estranheza da condução, com seus personagens robóticos e a destruição da 4ª parede, soa tanto um exercício narrativo criativo quanto perfumaria que tira o foco da trama central, uma história com traços bíblicos que poderia ser mais limpa e sem excessos.
Idílico filme construído através de metáforas do cristianismo sobre confronto familiar e ao mesmo tempo formação de uma nova família. É um Green mais contido mas ainda assim muito belo.
Mais uma vez, uma obra com belíssimos planos. É um tanto fácil se desconectar do filme e da proposta de Green, mas mora ali - no cerne desse material, uma interessante mensagem familiar, além de uma discussão menos explícita sobre palavras e símbolos.
A redenção e a conquista das coisas, para Green, não escapam do talhar cíclico da vida (e do cinema) a compor nossa colcha de simbologias universais. Contudo, é nessa teia de representações purificadas pelo esforço elucidativo do artista onde respiramos.