- Direção
- Pablo Larrain
- Roteiro:
- Guillermo Calderón
- Gênero:
- Biografia, Drama
- Origem:
- Estados Unidos, Espanha, França, Argentina, Chile
- Estreia:
- 15/12/2016
- Duração:
- 107 minutos
- Prêmios:
- 74° Globo de Ouro - 2017
Lupas (11)
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Larrain encontra Neruda em um ode ao lirismo, com discussões e perseguições políticas e a eternidade da arte. A linha entre a realidade e o personagem é interessante, mas um pouco enfadonha em alguns momentos.
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Numa espécie de metalinguagem nerudiana onírica, o filme cria uma perseguição romântica e caricata ao poeta (pra não encontrá-lo). Mas, em alguns momentos de lucidez narrativa, o diretor pincela um pouco da vida luxuriante do escritor (enquanto sindicalistas são presos, o verdadeiro comunista festeja com artistas e a elite burguesa) e do seu pensamento ("quando chegar o comunismo, todos serão iguais a ele ou a mim, que limpo merda de burgueses desde os 11 anos?"), porém, inconclusivamente.
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A julgar pelo retrato oferecido aqui, Neruda era bem desagradável, e até fazia por onde ganhar alguns desafetos. O interesse maior acaba sendo despertado pela figura do policial que, em certos momentos, chega a assumir o protagonismo, mas de qualquer forma é tudo muito monótono e esquecível.
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20/03/17
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Onde palavra e imagem ganham um peso e notoriedade minuto a minuto, principalmente quando operam juntas em prol duma poesia um tanto leve - um tanto tímida. O olhar que assiste 'Neruda' deve ser tão afiado quanto aquele que o conjurou.
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Calderón e Larraín decidem fazer uma cinebio e optam pelo quê? Pela farsa! Pretensioso até o talo, a dupla acaba por fazer uma verdadeira ode ao poder imortalizador da arte. Baita surpresa.
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Muito além de um filme biográfico, é de nos fazer questionar se de fato o é. Uma relação de criador e criatura, um conceito de muitas camadas em variadas proporções, como se transpusesse o imaginário de sua persona à realidade de seu tempo.
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Larraín, subvertendo o protagonismo e as convenções dos filmes biográficos, condensa poesia, realidade e ficção numa narrativa farsesca de humanização pelo contato, pela troca. Uma ode ao artista e sua criação, que vai muito além do registrado nos papéis.
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Afetado, irregular e enfadonho.
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A caçada final é uma das coisas mais lindas do ano
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Larraín sai da estrutura convencional de biografias, utilizando apenas um recorte da vida do poeta, a partir de uma bela mistura entre real e poesia e uma proposta bem executada de roupagem à moda antiga. Fotografia e montagem geniais.