Estados Unidos, França, Reino Unido, Holanda, Irlanda
Estreia:
11/08/2016
Duração:
92 minutos
Lupas (6)
Amparado por uma trilha sonora bem apropriada e por um roteiro inteligente (apesar dos diálogos complexos na estrutura gramatical e da falta de uma ideia mais surpreendente para a trama, muito novelar), Stillman conta uma história teatral agradável, de amor (e sexo), costumes e romances por interesse, numa Inglaterra distante no tempo (será?). O elenco é afiado, e Kate Beckinsale surpreende na interpretação ousada, mesmo teatral (como todos os personagens), fora de suas características.
Deve ser a mais engraçada e menos romântica adaptação de Jane Austen para o Cinema, com as deliciosas manipulações de Beckinsale, sempre com sua cara lavada, em busca da própria satisfação em meio aos rígidos ditames sociais. Bennett quase rouba o filme.
É extremamente convencional, mas a história flui de maneira orgânica, a partir de uma direção segura e de um roteiro que traz toques de acidez bem colocados. Beckinsale em uma das melhores atuações femininas do ano.
Não sei o quanto preserva a obra de Austen, mas há pontos que incomodam, como não haver ninguém que rivalize diretamente Susan (com apenas uma breve exceção) e seu jogo corra ao bel prazer, ainda que funcione como filme de retrato de uma personagem.
Uma história leve, contada de forma fluida, cuidadosa e elegante, contando com um elenco entrosado e eficiente. O figurino é requintado e a trilha sonora é boa! Bom filme.
A condução limpa de Stillman é perfeitamente adequada ao texto ágil e perspicaz, fazendo do filme um daqueles que se assiste quase o tempo todo com um riso no canto da boca. Destaque para Beckinsale, perfeita no papel.