Lupas (37)

Apesar dos clichês e da subtrama desnecessária, o clima de claustrofobia e tensão é eficiente, o "vilão" é imponente e amedrontador e o ritmo do filme nunca cai, o que torna a experiência ainda melhor! Bom trhiller!

Imersivo, agoniante e divertido.

Cansa logo do jogo de cabra-cega na boa sequência da invasão no início e parte para o velho pega-pega de sempre, mas quando a brincadeira se esgota de vez ainda resta cerca de meia hora de filme pela frente.

Funciona surpreendentemente bem até dois terços de sua extensão, após isso parece até se tornar outro filme. Correria, resoluções apressadas, argumentos e justificativas burras para diversas situações, fora aquele final água com açúcar.

A tensão é constante e prende do começo ao fim. Só não vai além de um bom filme do gênero pelo excesso de situações que não são críveis.

A primeira metade é um ótimo filme, com boa introdução de personagens e eficiente abordagem quandl se instaura a tensão. Infelizmente perde força com as soluções fáceis na sequência, o que não lhe permite ser tudo que poderia.

Alvarez replica Flanagan em 'Hush', utilizando de uma deficiência para gerar tensão, porém de forma mais eficaz e com espaço para situações inusitadas e boas, embora excessivas, reviravoltas. Prova de que 2016 tem sido um ótimo ano para o gênero terror.

Cai muito no ato final, quando ajoelha em saídas insuportáveis do gênero e reviravoltas cansativas, mas é um exercício bem realizado, com altas doses de tensão, um vilão eficiente e bom uso das possibilidades do enredo.

Resoluções inteligentes e rápidas que se sairiam melhor ao trabalhar como um todo.

O último ato é demasiadamente arrastado, com tantas reviravoltas que cansam, porém jamais retirando o brilho desse delicioso exercício de gênero, usando a linguagem cinematográfica em prol do roteiro e seu vilão cego, que rende momentos icônicos.

Não é de todo mal, inclusive com algumas cenas na escuridão sendo muito bem executadas. Porém algumas situações absurdas e a participação do cão atrapalham.

Uma boa premissa e uma boa execução - algo raro no cinema comercial norte-americano de horror. Um Panic Room às avessas. Terror gerado pela bem definida noção de espaço e de seus limites, numa luta pela sobrevivência contra duas feras. Tem dedo do Raimi.

Muito Bom

Mais um desses suspenses adolescentes malucos e divertidos. Não me lembro de nenhuma OP, mas formam um filão bem mais consistente do que aquele presente nos anos 90 (comparável até certo ponto ao que havia nos anos 80 - exceção ao genial John Carpenter).

Um desses thrillers em que a execução é o seu forte, com ótima sonoplastia, exploração da casa, um bom ritmo e tensão nervosíssima, muito graças à direção de Alvarez, que ainda tem seus exageros e forçadinhas, mas deixa sempre a adrenalina correndo.

Há obviedades (é fácil saber quem será o primeiro a morrer; a motivação familiar de Rocky; os closes em objetos que serão importantes no desenrolar do filme), mas foge dos sustos fáceis e investe na figura ameaçadora de Stephen Lang, que quase não fala.

Funciona bem como exercício de gênero, indo direto ao ponto, e os personagens têm peso. Peca por ter situações repetitivas, mas, no geral, é um bom trabalho de Fede Alvarez.