Somente a incrível sensibilidade de Ang Lee (a cena da continência lacrimosa ao hino americano na "telona" do estádio, seguida da alegria exuberante da cheerleader é simplesmente "estupefante") para transformar um roteiro tão fraco em um drama aceitável e que até convence. As atuações, graças a boa direção de elenco, também superam as expectativas, destaque para a performance de Joe Alwyn, que deu vida ao soldado abalado pela guerra. Mas a edição entrecortada tem problemas de continuidade.
A marca sempre autoral de Ang Lee se faz presente aqui, privilegiando os personagens e suas emoções em detrimento da ação, compondo ainda belas imagens e apresentando uma narrativa exemplar. Faltou o "algo mais" para se tornar a obra-prima almejada.
Uma obra que a todo instante beira o maniqueísmo, mas acaba por virar o jogo e passa uma rasteira nesse tipo de manipulação barata típica de hollywood. É um filme cheio de ironia, escancarando o espetáculo vazio do showbiz, mas não é menos sentimental.