Poderia ser um projeto redentor pra tantos cineastas, mas Clintão subverte a grandiosidade e o heroísmo de um Spielberg abordando a história com uma lucidez grandiosa. No fim, tem um gosto de 'tão bom quanto poderia ser'. Melhor Hanks desde Náufrago.
Coxinha como se poderia supor de um filme que conte essa história, embora o classicismo com o qual Eastwood a narra lhe confira mais peso – mas não o suficiente para que Sully represente grande coisa dentro da carreira do diretor.
Objetivo, direto no ponto, sem firulas. É assim que Eastwood conduz a narrativa, sem suprimir o quão belo e inacreditável foi tal acontecimento. O tom brusco colabora para isso, tornando palpável a emoção dos sobreviventes e o ceticismo dos burocratas.
Já não é de hoje que Eastwood tem optado por uma forma simples de contar história em seus filmes. SIMPLES, não simplista, assim como todos os grandes mestres acabaram fazendo em seus últimos trabalhos. MENOS É MAIS.
Eastwood adota uma postura mais objetiva reduzindo na duração, contendo exposição e optando por uma narrativa não linear e que não apela para o melodrama barato, compensando assim a previsibilidade e mantendo o significado da história do herói comum.