- Direção
- Maren Ade
- Roteiro:
- Maren Ade
- Gênero:
- Comédia, Drama
- Origem:
- Alemanha, Áustria, Romênia
- Estreia:
- 09/02/2017
- Duração:
- 162 minutos
- Prêmios:
- 74° Globo de Ouro - 2017, 69° Festival de Cannes - 2016, 89° Oscar - 2017
Lupas (23)
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Um filme estranho. Uma espécie de comédia Ozu encontra Antonioni. Um personagem anticarisma sem deixar de ter o seu charme, o ponto alto do filme, e uma filha q tb foge dos estereótipos em seu arco de redenção. Recheados de situações vergonha alheia, que garantem boas risadas sem deixar de lado a estranheza. Interessante, é um filme de mta personalidade, mas poderia ter pelo menos uma hora a menos, 2h40 pra isso é de foder.
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Ao apresentar os personagens principais (sem detalhar como era sua relação familiar anterior), o roteiro gera expectativa, porém, a partir da boa cena da "morte da tartaruga" (quando surge o guru Erdmann), a direção se perde, e insiste em repetir um constrangimento metafórico atrás de outro (petit fours gozados, "carreiras", algemas, pianista, festa nua com Yeti...); e o que deveria soar irônico acaba incomodando. Personagens desaparecem e nada se conclui. Pelo menos as atuações superam a média.
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A velocidade do filme é muito lenta, embora acho que a ideia da direção do filme seja essa. Ao invés de ir cativando com o tempo, vai perdendo o interesse pelo filme, esperando apenas pelo tão tardio final. Excelente atuação de Sandra Huller.
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Ozu faz escola, não apenas no cinema de Wes Anderson, e vive em totalidade com 'Toni Erdman' sendo perfeitamente bem o irmão contemporâneo (e quase tão bom quanto) do seu clássico 'Pai e Filha'. Muito bom.
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Um início promissor, quebras de ritmo aqui e acolá e toques de humor desconcertantes. Se preocupa menos em ser sobre algo e sim apresentar seu cinema, com toda fluidez e esquisitice.
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O Personagem principal é uma figura curiosa,mas o filme não anda e é cansativo.
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Uma história de pai e filha, solidão e distanciamento (a problemática entre gerações). Mas não é só isso, é também um libelo contra a mecanização das pessoas, o capitalismo predatório - o lado mais nefasto e vazio do neoliberalismo. Um belo de um achado!
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Ade acaba prolongando a duração de determinadas cenas, comprometendo a fluidez da narrativa. Porém, levando em consideração a enorme sensibilidade com a qual a diretora trata o relacionamento de seus dois protagonistas, isto se torna apenas um pecadilho.
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Constrangedoramente desconfortável e hilário, cresce ao longo da sua grande duração. Muito belo o encontro entre a encenação e o real (do filme).
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No limiar entre a excentricidade e a bizarrice, com alguns propositais (?) momentos de vergonha alheia. Apesar do ritmo cansativo, consegue passar a mensagem de ternura nas relações familiares em meio ao mundo moderno. Erdmann é um baita personagem!
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Hilário, desconfortável e belamente atuado, Erdmann é inevitavelmente estranho, mas um retrato curioso e criativo sobre as múltiplas formas que as pessoas lidam com a vida, indo a extremos que funcionam na tela, mas que, postas em prática, soam absurdas.
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Ade observa um outro mundo e contorna habilmente o melodrama com traços de comédia,num filme cuja limpidez parece sugerir mesmo a obrigação de toda forma de arte, mas do cinema em especial:trazer ao mundo um pouco mais de luz. O ano, admita-se, começa bem
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Erdman é insuportavelmente tolo. Trata-se de um filme intencionalmente estranho e bizarro que flerta com alguma possibilidade de criticar a questão da imagem pessoal no mercado de trabalho mas revela-se apenas uma simples relação pai e filha mal resolvida
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O inusitado tornando-se corriqueiro e a grande capacidade criativa do ser humano de contornar sua falta de experiência em se comunicar. O elenco dá um show entrando de cabeça nas estripulias sarcásticas de Maren Ade.
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Maren Ade esculpe seus planos médios com a câmera na mão de forma a mostrar, sem firula, apenas o necessário, assim deixando para a dupla principal o deleite cênico. Rompimento da rotina, ode à encenação. Ecos de Rivette.
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Com um humor peculiar e em alguns momentos genuinamente engraçado, Ade se aproveita dessa liberdade cômica para contar sobre o relacionamento de pai e filha, questionar a dita "maturidade" profissional e de vida e de como todos atuamos no dia a dia.
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A relação entre a vida estressante de Ines e o humor "absurdo" de seu pai surpreendentemente não encontram-se em conflito, mas em sintonia: a rotina é a maior bizarrice. Todos precisam ser Toni Erdmann de vez em quando.
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É um filme que se revela aos poucos, mostrando suas diversas camadas enquanto conquista o espectador com seu humor potente e uma bela relação pai/filha. As entrelinhas sociais e políticas bem desenhadas e um punhado de grandes cenas favorecem ainda mais.
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Queridinho da crítica de Cannes com méritos, repensa a temática surrada da relação paterna sob uma ótica de concessões ao insólito. "Você é mesmo humana?" surge como uma indagação oportuna.
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Interessante demais na relação entre pai e filha, pessoas de comportamento inverso. Ela, séria, fria, definida. Ele, piadista e imprevisível. Mas que obviamente vem do mesmo lugar e se viram na mesma impulsividade. Quando Toni aparece alavanca de vez.