Apesar das boas cenas de conflito (ainda que gratuitas, apenas pra criar o contexto do desfecho), o filme cai no mesmo beco sem saída do cinema iraniano raiz: o excesso de "filosofia contemplativa", alternada com cenas poético-metafóricas que nada acrescentam e tornam o filme maçante. O roteiro praticamente inexiste e os diálogos em quase nada explicam o que se passa. Por fim, a conclusão abrupta e praticamente ininteligível derruba de vez qualquer chance de entender o conjunto todo.
É quase um western no oriente médio, com valores morais do islã no lugar dos cristãos-ocidentais. Não cai em pieguices e seu climax assim como sua conclusão surpreendem positivamente.
Se apostasse mais nos conflitos políticos fora do deserto o filme conseguiria a complexidade talvez imaginada por ele e seu final soaria menos confuso. De qualquer forma é uma bela obra vinda da Jordânia.
O início não chama a atenção, logo após a viagem encadeia uma sequência de cenas marcantes - como nas montanhas e no poço.
Pega de vez quando o menino fica sozinho, terminando num desfecho justo mas complicado, pois as dificuldades serão ainda maiores.
A jornada de transformação do jovem protagonista é imageticamente bem realizada, contando com uma boa atuação do pequeno Jacir Eid Al-Hwietat, mas o roteiro acaba nivelando a obra para baixo.
O Lobo do Deserto se destaca especialmente pelos cenários áridos do deserto e uma condução lenta e instigante para um filme supostamente de ação com alguns momentos de tensão genuína.Mas seus méritos acabam aí, um roteiro simples e sem originalidade.Médio