É um filme que fala sobre amor, abandono, arrependimento, mágoa, perdão, reconciliação e etc... E que transborda tanta sensibilidade quanto dor. Meu favorito da década 2010s. Obra-prima!
O poder orquestrado em cima de suas imagens, sons e olhares consegue trazer uma imersão em volta dos mistérios das escolhas de cada membro da família que nenhuma palavra poderia traduzir. Poesia da realidade.
Acevedo constrói seu filme/poesia com base no silêncio e nas sutilezas e sem nenhuma pressa, o que pode tornar a experiência um pouco cansativa. Pra os que persistem, porém, a recompensa é gratificante, pois o filme é lindíssimo.
O peso da terra e sua transformação pelas mãos do homem. A marca desoladora do tempo e a amargura da alma. O filme de César Augusto Acevedo é seco, sóbrio e também de beleza cativante na elaboração dos planos. Merece a descoberta.