Filmaço pra ninguém por defeito. Melhor exploração do conceito de inteligência artificial que eu me lembre, história inteligente e instigante, mas sem aquela aura de "roteiro para intelectuais" que geralmente incomoda em filmes do gênero.
Garland oferece a riqueza do minimalismo cênico e textual em uma trama na qual os monstros vêm das nossas próprias mãos. Ficção e suspense entrelaçados pelo discreto caos claustrofóbico.
A atmosfera é excelente e as discussões sobre inteligência artificial são de alto nível. O único defeito são alguns detalhes do roteiro que não fecham. Ainda assim, filme muito bom.
As marcantes abordagens filosóficas que principiam o motivo de se ter produções do tipo saem intactas sem se perder no meio do caminho, diferente de Chappie e Ultron (onde efeitos especiais e encheção de linguiça parecem ser mais importantes).
Um jogo de pontos de vista intrigante, não tão complexo quanto aparenta, mas ainda assim extremamente atmosferico e imersivo, onde os temas são propostos não buscando resposta e sim a fim instigar quem assiste a encontrar as suas próprias. O filme dialoga
O futuro reserva muitas revelações pra humanidade. Uma das mais aguardadas sem dúvida é sobre o desenvolvimento da IA. Neste contexto, Ex Machina se insere no seleto grupo de obras que melhor souberam dialogar com o cibernético e expor suas reais feridas.