A narração incomoda bastante e a primeira metade tem sérios problemas de ritmo e roteiro, mas a sequência da travessia é espetacular e faz o filme valer a pena.
O bom olho de Zemeckis consegue criar uma experiência tensa nos momentos anteriores e na travessia do título, mas o mesmo não se pode dizer de todo o resto, de ritmo arrastado e personagens caricatos. A homenagem às Torres Gêmeas é singela e honesta.
O primeiro ato é arrastado e mal escrito e a narração de Gordon-Levitt por vezes não funciona. Apesar disso, o filme brilha no último ato, com uma bela homenagem às Torres Gêmeas e uma construção de efeitos especiais quase perfeita.
O filme gira completamente em torno do acontecimento principal, com todo o resto sendo deixado de lado na composição, o que torna o filme fraco e deficiente. Achei que não poderia detestar mais Gordon-Levitt até vê-lo usando sotaque francês falso.
A dispensável narração pode ser abstraída em prol de uma experiência que, para acrofóbicos, pode ser vertiginosa. Ponto para Gordon-Levitt e seu sotaque francês.
A técnica e a sensação de deslumbramento provocada são o ponto alto do filme, mesmo não tendo a ambição de entregar uma obra gratificante emocionalmente falando.