Lupas (27)

Esvaziou toda a lógica da mitologia. Prometheus havia me animado bastante por trazer mistérios, dúvidas e questionamentos, mas Covenant entrega um desfecho decepcionante, perdendo toda a complexidade filosófica de Prometheus e o horror atmosférico de Alien. As cenas entre David e Walter tornam a coisa menos pior.

Extremamente decepcionante. Um antecessor de tamanha qualidade, e o retorno dos Xenomorfos feito de maneira tão jogada, desleixada e sem graça. Confesso ter umas boas cenas, mas infelizmente não salva o filme.

Parece realmente um episódio de transição na saga, quando saímos de um entendimento para outro. É até interessante, mas nunca totalmente explorado. As incongruências com o filme anterior deixam uma impressão bem ruim no desenvolvimento.

Quando Alien caminhava para ser uma fachada da jornada existencial humana, tudo se resume de forma fácil e atropelada em uma colcha de retalhos de todos os filmes anteriores. Terror convencional com um momento ou outro interessante.

Now, 18-03-2018

Se os apelos visuais aqui em partes ainda convencem sendo eles tão cool que nem Scott consegue esvaziar de sentido completamente, se continuar assim não aguentam mais um curta-metragem.

Com diversos começos e fins, Ridley Scott bola a bagunça generalizada do ano. Sem citar o falatório chato. Com esforço, até é possível pescar uma ou outra cena boa, o que não muda a ruindade do conjunto.

Tudo de legal construído anteriormente, Scott destrói tudo em uma sequência vazia, lotada de CGI e pouca emoção. Para piorar, todo o ar filosófico presente não funciona. Uma das grandes decepções do ano.

14/12/2017

A trama é uma das mais ordinárias e não acrescenta quase nada a franquia, além de uma expectativa para o próximo filme.

Começa prometendo, com o fascínio da visão do sideral moderno. Espera-se mais e nunca chega, Alien pouco faz. Decepciona, abaixo de Prometheus. O final macabro seria até legal, quase não se vê mais, mas sendo tão previsível era melhor ter feito o inverso

Uma das franquias mais originais e envolventes de Hollywood chega ao sexto filme com diagnóstico nada animador: "Alien" agora é um cinema de ação "normal", no qual falta brilho e inovação.

O pior de toda franquia. Não consegue sucesso na reflexão filosófica que Scott vem tentando produzir desde "Prometheus", muito menos como filme de horror. No geral, fica em uma posição de mediocridade e representa um desperdício do talento de Fassbender.

A "evolução" do Alien para o CGI tirou um pouco da ameaça que ele representava. É até divertido, mas dá a impressão que a franquia se perdeu.

Superior a Prometheus em termos de coesão, Covenant consegue manter a diversão e a tensão em doses satisfatórias enquanto vai mais a fundo na história do Alien ao explicar pontos cruciais, porém não abre mão de uma reviravolta óbvia e risível.

Ridley Scott segue pretensioso (mais contido) e traz de volta as questões existenciais pelo personagem do ótimo Michael Fassbender, mas o enredo simplório, diálogos ruins e até mesmo o visual, inferior à Prometheus, tornam 'Covenant' menor que o esperado.

Alguns momentos possuem um domínio absurdo da tensão, impossível piscar e correr o risco de perder algum detalhe. Supera Prometheus tanto como suspense quanto entretenimento pipocão, uma espécie de filme transição para algo muito maior à seguir. Ansioso.

O roteiro é horroroso, com personagens absolutamente imbecis, tomando as decisões mais retardas possíveis, além de reduzir David a um vilão maquiavélico; soma-se a isso a falta de esmero nas cenas de ação e um elenco preguiçoso, e temos isso aí.

Muito sobrevive graças à direção elegante de Ridley e a bela produção, dando alguns picos de qualidade num filme que só vai piorando conforme se desenvolve, seguindo a cartilha básica mas com um Alien de CGI tão brochante quanto o "final surpresa".

Apesar de ter sido um pouco decepcionante, não deixa de ser um bom filme. Michael Fassbender em mais uma ótima atuação e a parte visual garantem que o filme seja bom. Mas o roteiro é muito fraco. Mesmo com os seus defeitos é uma boa diversão.