A tentativa de impor um tom um pouco onírico em algumas passagens parecem forçados, e no fim há um misto de obviedade e surpresa gratuita. A potência maior do filme está no contraste entre uma adolescente florecendo e uma mulher com sua vida desperdiçada
As múltiplas orientações da sexualidade combinadas com uma estética lisérgica viciante fizeram dos filmes de Gregg Araki um item essencial no contexto indie. Pássaro Branco pode ser tanto um trabalho de transição como prenúncio de fim de carreira.
O que aparentemente se apresenta como um desses atuais roteiros "moderninhos" para teens "descolados", do nada, se transforma abruptamente num thriller inconsistente no desfecho. Eva Green é desperdiçada, mas Shailene nos brinda com outra boa atuação.
Woodley foge dos personagens de "mocinha ingênua" e mostra enorme versatilidade e coragem, sendo de longe a melhor coisa do filme. Essa jovem parece mesmo uma fonte inesgotável de talento.
A mistura de suspense suburbano, comédia ácida de costumes e drama de descoberta sexual nem sempre é harmônica, mas resulta em uma obra interessante que se destaca em especial pela dupla de atrizes; Eva Green e, principalmente, Shailene Woodley.