Lupas (75)

Chato pra C@#%*!!!!

Poderia tranquilamente ser mais curto, principalmente na arrastada 1ª parte, mas a 2ª é recheada com muita euforia, humor-negro e sangue, o que catapulta o filme a um patamar divertidíssimo. Dentro do cinema tarantinesco é menor, porém jamais pequeno.

Quase perdendo o fôlego no final, tudo parece cansado, mas é o filme que inaugura a nova fase de Taranta: A fase adulta.

Roteiro perfeito! Tarantino é um dos maiores roteirista que ja existiu. A prova disso vem desde o seu primeiro filme que é parecido com este. O tempo passa mais rapido quando assistimos ao um filme de tarantino. Fantastico!!

É Tarantino confirmando com toda a força sua incrível habilidade em construir uma narrativa fluida, repleta de diálogos espetaculares, bem como um domínio de cena incontestável, nunca temendo introduzir elementos inesperados.

Seguindo a cartilha tarantinesca, o filme tem duas horas de conversa fiada para depois fechar uma terceira hora com cabeças explodindo e sangue voando -isso não é "spoiler", é Tarantino.

Tarantino prova de uma vez por todas que não é só estilo e afetação. O cara domina como poucos a narrativa e é um puta roteirista. Some a isso um elenco inspiradíssimo, a trilha de Morricone e a fotografia espetacular, e o resultado é 'The Hateful Eight'.

Simplesmente, Tarantino... Palmas, mais palmas!!!

Deve ser um dos filmes mais inescrupulosos e amorais que Tarantino pode apresentar a sétima arte. O cinema precisa de mais obras como essa, que se preocupem menos com a censura e as imposições do meio e mais com o plot e a emoção no espectador.

Tarantino é aquele amigo esquisito do bar que você não sabe bem se entra na dele, mas quando ele embarca numa ideia sem noção depois de umas biritas, ninguém vai se desligar dele.

Se alonga nos primeiros capítulos, parte que claramente poderia ser mais enxuta na verborragia e a história contada está longe de ser interessante o suficiente. Jackson e Leigh detonam em cena. É muito bom para o cinema atual mas pouco para Tarantino.

Negativo: tempo demais pra nem tanta história. Positivo: versatilidade.

Tarantino ainda entretêm, apesar da sua fórmula começar a ficar batida.

Nem comentando as referências do cinema (The Thing!) com ecos que lembram Agatha Christie (sem a violência, claro), só Tarantino juntando no mesmo espaço hostil aquele grupo evocando todas as maiores questões do pós-Guerra Civil é algo impressionante.

Um Enigma de Outro Mundo, by Quentin.