Não conhecia nada cinema egípcio, mto menos de Chahine, e conhecer esse filme foi uma descoberta. Indicado c/justiça ao Urso de Prata é um excelente filme marginal. A representação da ralé, mto humanista, o movimento da estação central, a mulher forte transgressora e sensual (linda atriz conhecida como a Marilyn Monroe do oriente), e o melhor personagem, claro, o ralé master e o desenvolvimento da sua loucura. Uma trama q cresce mto bem ao longo do filme q culmina num clímax e desfecho fodas.
Chahine acumula as funções de diretor e ator para contar uma história de obsessão e loucura. O começo é um pouco tumultuado, mas depois que engrena é interessante de acompanhar a decadência psicológica do protagonista correndo em paralelo com a trama social, um suave reflexo de um contexto que perdura até hoje em muitas nações.
Com boas atuações e uma direção correta, o filme realça a vida difícil nas grandes cidades, ao mesmo tempo em que metaforiza política (criação do sindicato), sociedade (mortes banais) e cultura (o casamento), num roteiro correto, apesar de confuso.
A estação de trem como metáfora às inconstâncias da vida humana, em sociedade, numa espiral de conflitos de interesse. Grande atuação conjunta, de se notar. Muito bom.
Conto rápido e denso,extremamente conciso,sobre a obsessão e a abstinência sexual.Qinawi,dito deficiente,nunca teve uma mulher,se encanta por uma e vai ao diabo por ela.
O vai e vem da estação e o corte de um Egito clássico,anos 50,embelezam com classe.