O pertencer e o desapegar através das lentes duras e realistas de Garrel, espelhando a confusão mental e o desarranjo dos personagens na distância silenciosa, na fragilidade de palavras e aparências, privilegiando o mínimo para cavar o emocional.
"Talvez você compreenda melhor personagens fictícios que as pessoas que te rodeiam." Uma elegante fotografia em P&B, não meramente uma gratuidade estética, mas um recurso narrativo que empodera a trama. Grande atuação da pequena Olga.
Todo filme do Philippe Garrel vale uma conferida. Os relacionamentos na sua mais pura representação. Sem início. Sem fim. Apenas recortes da vida comum, complicada e intensa em qualquer situação.
Mais uma grande obra de Philippe Garrel, um dos diretores franceses mais sub-valorizados da história (sim, pois desde os anos 60 faz cinema do mais alto nível). Poucos arrancam uma fotografia em P&B em tão perfeita sintonia com o mundo de seus personagens
Philippe Garrel mostra que, não importa o tipo de relação que você tenha, o ciúme pode destruir tudo a sua volta sem sequer ser notado. A fotografia em preto e branco serve para ressaltar ainda mais o brilho de Olga Milshtein, em uma performance genial.