- Direção
- Nuri Bilge Ceylan
- Roteiro:
- Nuri Bilge Ceylan, Ebru Ceylan
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Alemanha, França, Turquia
- Duração:
- 196 minutos
- Prêmios:
- 67° Festival de Cannes - 2014
Lupas (14)
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Filme nitidamente influenciado pelo cinema de Bergman, com uma narrativa recheda de temas densos e existencialistas, aliados a belas paisagens. Porem a longa duração e a complexidade dos dialogos torna o filme dificil de ser visto de uma unica vez( confesso que fiz algumas pausas) e de se compreende-lo totalmente em uma unica visita, mas no geral é muito bom , apesar das dificuldades.
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É uma viagem pelas profundezas da natureza humana. Uma visão aterradora, mas profundamente humana do vazio existencial, da fraqueza nossa de cada dia, da solidão interior. Do conflito de classes, da pequenez dos homens, da arrogância intelectual, da inércia e do rancor. A paisagem fria é um reflexo da insatisfação crônica, do egoísmo, do isolamento emocional que os personagens se infligem. Os diálogos sarcásticos e violentos são como duelos que terminam com todos feridos e exaustos. Que filme!
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Desnecessariamente longo e com várias passagens arrastadas. mostra um Ceylan algo fora de forma. Certos diálogos, porém, mostram o valor dessa antinarrativa.
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10/06/17 - Um drama complexo sobre as relações humanas, com excelentes diálogos e visualmente belo.
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Com longos diálogos e fotografia belíssima, Ceylan percorre por temas como diferenças de classes e ressentimentos para criar uma obra interessante, porém longa e cansativa.
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Ceylan nos brinda com diálogos altamente bergmanianos (lhe falta a intensidade da alma e o expressionismo únicos do sueco) , execução fotográfica primorosa e um retrato honesto sobre a incomunicabilidade e as dualidades propostas para seus personagens.
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A exaustão final é obviamente parte da proposta, e Ceylan sabe como poucos do cinema atual construir diálogos de forma naturalmente trágica, evocando memórias e ressentimentos de forma crível. Mesmo se repetindo por vezes, mais um grande filme.
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Filme de poderoso embate entre personagens que se dá através de ironia fina e de acusações ácidas. É repleto de ótimas citações literárias e tem também uma fotografia que muito contribui para a sensação de tédio e isolamento em uma aldeia turca gelada.
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Ceylan desdobra cada um dos seus personagens e dos seus conflitos em diálogos e fotografia (especialmente nos ambientes fechados, com sombras tão engolidoras quanto o egoísmo do protagonista) brilhantes, que potencializam enormemente sua carga dramática.
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A clausura invernal e o permanente estado de litígio entre os personagens tornam Winter Sleep uma bomba prestes a explodir. Melhor construção de diálogos que assisto em muito tempo.
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Paciência remunerada por um novo olhar, olhar de proporções épicas à realidade.
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Filme que exige ser assistido em um dia mais calmo e/ou chuvoso, pois exige uma certa contemplação e interação de quem o assiste. Após estar imerso, encontra-se uma jornada épica de um homem que quase não sai de um buraco, mas avança longe em pensamentos.
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Não costumo me valer da grande duração de um filme como defeito, mas esse aqui dava pra dar uma enxugada. Nuri Bilge Ceylan encena diálogos bergmanianos profundos, em especial sobre moralidade e cultura dos turcos. Imagens belas, muito belas.
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Um primor de roteiro, mas esqueceram de editar.