Não é o melhor de Murnau, tampouco considero um filme moralista. É vanguardista, foi em seu tempo e hoje continua sendo. O expressionismo alemão é atemporal.
F.W. Murnau + Emil Jannings + Molière, não tinha como dar errado. Uma obra simples, de apelo popular, uma história bem contada e sem rodeios, e uma atuação daquelas grandiosas de Emil Jannings. Tartufo é um belo exemplo da comédia satírica de Molière, e como sua crítica era certeira no alvo. Tanto ofendeu os hipócritas que quase foi proibida por Luís XIV e se enraizou na cultura popular criando o termo sinônimo para pessoa hipócrita ou falso religioso.
Para um filme que retrata às mascaras usadas pelo homem, Munau mascara muito mal a índole de seus personagens mas é inegável o poder meta-linguístico de seu filme ainda que seja envolvido por um conto moral de grande ingenuidade.
Murnau, restrito às internas, dispõe de planos interessantes. Jannings atua insuportavelmente caricato, muito além do aceitável. Mayer não me convenceu até agora.