King Hu levou o Wuxia para Cannes e foi aplaudido com mérito. Uma produção grandiosa, baita ambientação histórica que resulta em imagens maravilhosas, principalmente no terço final e nas cenas envolvendo os monges.
O visual do filme continua impressionante mesmo nos dias de hoje, pena que seu roteiro e trama não. Talvez porque o próprio gênero não me causa grande empolgação.
A segunda parte que é sensacional compensa a lentidão da primeira. A matança em lutas com espadas come solta, tudo é brilhantemente coreografado, filmado e montado. O filme talvez seja pouco conhecido mas sua mise en scene é um ícone do Cinema.
Faz parte do seleto grupo das obras máximas do kung fu.
A grande metragem ajuda muito.A história é muito bem desenvolvida e a dupla parceira de Hu - Shih Chun e Feng Hsu - é muito interessante.
Aquele prólogo será eterno em minha memória.
Apesar da boa parte técnica, a lentidão da narrativa e a filmagem escura em algumas partes (embora evocando simbolismos) quebram o ritmo do filme; o que, somado às inconsistências do roteiro e ao final decepcionante, diminuem a qualidade da obra.