Lupas (10)

O jovem (e promissor) cineasta Xavier Dolan entrega mais um trabalho interessante, com uma direção segura, narrativa tensa e atmosférica, personagens complexos e situações que fogem do lugar-comum. Não é muito coeso na forma de abordar sua mensagem-central, mas certamente oferece uma experiência original, envolvente e instigante.

Dolan sustenta o filme contando com uma atmosfera de medo e tensão sexual, mas logo percebemos que não será o suficiente.

Dolan nega que o filme deseje abordar explicitamente o tema da homossexualidade e seus preconceitos.

Achei tudo muito bem feito. Xavier é mesmo talentoso. Só o final que deixou um pouco a desejar.

Há algo fora de tom na fazenda. Talvez falte coesão e maturidade para uma uma obra gigante, uma harmonia entre as excentricidades do jovem diretor com o clima de thriller, mas ainda assim é resultado extremamente eficiente. Ótimo filme.

Quando Xavier Dolan não apresenta afetações demais à trama, este apresenta burrice. Tom na Fazenda tem uma trama tão frágil, descuidada e incongruente que poderia ser um curta-metragem bem pequeno se Tom fugisse da fazenda assim que chegou e foi ameaçado.

O terceiro ato é um tanto covarde por não ir até as últimas consequências e o tom de suspense nem sempre soa natural, mas a relação entre Francis e Tom é das mais interessantes e o filme não só constrói bons temas como os desenvolve de forma sólida.

Eu espero que Dolan não brinque mais de ser Lars Von Trier. Nunca mais.

Dotado de um estilo incomum para a filmografia do diretor, o filme é um frescor bem vindo ao cinema de Dolan, com ares de terror psicológico e suspense numa narrativa simples e direta, carregada com personagens instáveis e perigosos que dão força ao drama

Pior filme de Xavier Dolan, nessa frágil versão do Ripley de Patricia Highsmith. Diálogos bobos impedem a construção de um clima satisfatório, e Dolan como ator também não é nenhum Alain Delon.