- Direção
- Yoshishige Yoshida
- Roteiro:
- Yoshishige Yoshida (romance), Toshirô Ishido, Yasuko Ôno
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Japão
- Duração:
- 102 minutos
Lupas (10)
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Em seu trabalho mais sofisticado, Yoshida filma o sufocamento das relações humanas, as sombras que exaltam a insatisfação presente nos corpos; misto de pulsão sexual e perversão ambígua do olhar. É um enigmático jogo de atração sensorial e potência dos gestos, realizado com uma mise-en-scène magistral, hipnótica - todos os planos parecem conter um nevoeiro de significados em si. A cereja do bolo é a presença de Mariko Okada em cena, seus olhares representam o próprio mistério do ser.
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Quando o espectador adentra numa viagem onde o cinema e arte são tratados como elementos transformadores da sociedade. A imagem que gera o fascínio, o desejo, puro voyeurismo que culmina na quebra de qualquer moralidade que resta ao espectador.
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Tendo visto, revisto e pensado em toda a abrangência do discurso e da forma como ele é exposto chego a pensar se não é o filme mais preciso a discutir a situação da mulher na sociedade japonesa (perdão Mizoguchi!!).
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É um daqueles filmes que nos desperta um sentimento de nostalgia, que nos faz sentir saudade de uma época que nem sequer vivemos. Obra-prima!
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Retomando questões como a infelicidade no casamento e a tensão sexual entre algozes, Yoshida explora aqui a perda da intimidade diante da câmera - abordagem essa acentuada quando o filme encontra seu próprio negativo em intrigante jogo de espelhos.
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25/07/14
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Quando um filme usa de todo o poder da imagem para versar sobre o fascínio e ruína causados justamente por ela, a imagem. A fotografia desse filme é um assombro, sobrenatural, só pode ser! Que final aterrador e, novamente: que imagens avassaladoras!
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Belo exemplar da nouvelle vague japonesa; lembra bastante o trabalho de Teshigahara, especialmente a Mulher de Areia.
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A boa premissa original do roteiro é, gradativamente, derrubada pelos maneirismos da direção e pela pouca evolução da trama, ficando o suspense prometido num 2º plano do "quarteto amoroso" estranho que se forma, finalizado chocha e inconsistentemente.
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Filme de ecos gratificantes, mas que encontra voz própria e coerente por ser, principalmente, uma crônica de si mesmo em alguns momentos. A década de 60 foi realmente abençoada para o Cinema.