Um tanto esquisito , entediante mas com uma cinematografia muito digna, pena que não funcionou muito bem comigo. De certo se assemelah ao posterior Mephisto em termos estéticos.
Uma experiência traumática que deixa danos irreparáveis? Uma libertação de pesadelos do inconsciente? Ou as duas coisas se completam em meio a desumanização nazista? Temas interessantes, direção apurada, mas faltou estofo maior para atingir seu objetivo.
É nítida a sofisticação na direção e na forma com que a história é revelada. O tema do sadomasoquismo na 2a Guerra, já tratado por Pasolini, é exótico e traz aqui uma história curiosa, ainda mais por ser escrita e dirigida por mulher. Vale pelo fetiche.
Variando a linha do tempo, sem o menor aviso, é aos poucos que se entende o que está acontecendo.
Somos sempre observadores, inconformados (quase em revolta, afinal a vida é dela) acompanhando a vadia se submeter ao nazista.
Belas filmagens no hotel.
Se a falta de uma maior ousadia não a coloca como a obra prima esperada, sua poderosa escalada obsessiva a credencia um degrau acima dos demais ensaios sobre a relação vítima x torturador. Bogarde e Rampling são dois grandes monumentos em cena.