Memórias e lembranças que voltam e se materializam em meio a reflexões sobre um dos períodos mais nefastos de nossa história. Porém ao externar certa hipocrisia dos militantes com certo anacronismo, Lúcia Murat acaba se saindo ainda mais hipócrita. A personagem que veio da França é um cúmulo do pedantismo.
Uma verdadeira colcha de retalhos, misturado a dialogos em italiano, leitura em francês e cenas de sexo explicito entre dois homens, fazem a composição desta pretensão em contar uma das páginas negras de nossa história. Lamentável.
É insuportável ouvir essas lembranças de militantes e todo esse nada sobre abrir os arquivos da ditadura,ainda mais nesse clima intelectual do começo ao fim.
Mas o elenco é muito bom e a pessoalidade no cerne da história dão dignidade a esse passado.
Somente alguém que viveu intensamente os anos de chumbo da ditadura para tratar o tema com a sensibilidade que lhe é devido. Infelizmente a mesma sensibilidade falta a algumas pessoas e seu revisionismo histórico de quinta! Belo filme! Belo tema!