- Direção
- Manoel de Oliveira
- Roteiro:
- Manoel de Oliveira (roteiro), Raul Brandão (peça)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- França, Portugal
- Estreia:
- 17/01/2014
- Duração:
- 95 minutos
Lupas (10)
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Para a quase totalidade das pessoas a sociedade capitalista sempre será mera ilusão. Na realidade é uma sombra deformada que condiciona o ser humano ao desespero, ao vazio das coisas. A força do dinheiro é implacável. Somo todos angustiados na rotina miserável de todos os dias. Em seu último longa, Manoel de Oliveira não decepcionou. Texto forte, mise en scène perfeita.
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Miséria, dinheiro, relação pai e filho, são alguns temas tratados nesse filme do Oliveira baseado na peça do dramaturgo português Raúl Brandão. O Filme todo se passa em praticamente um só lugar, clima teatral indissimulável, mas que ainda assim é cinema.
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Com planos dos mais estáticos, inclusive para os seus padrões, Oliveira pensa a velhice, a pobreza e abnegação em notáveis diálogos. A fotografia, quase personagem, é um assombro.
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Belo e brando, com uma amargura crescente, que cede em um final simbólico e reflexivo.
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Adaptando uma peça teatral fajuta (porém, inexplicavelmente, mantendo a mesma estrutura de apresentação e cenários), M. Oliveira discorre sobre a vida pobre, onde "sorte é a rotina (não acontecer nada)", sem sair do seu velho papo-cabeça interminável.
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Um contraste magnífico domina a obra.Pai e filho não poderiam ser mais diferentes,um preso ao lar e a um modo - também pela idade já.O outro,jovem,quer mais,é ambicioso,mas sua ética é nojenta. Linda peça de teatro.Quadros deslumbrantes.
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Filme MUITO bonito. Me espanta toda a delicadeza impregnada nos planos claustrofóbicos e lúgubres, mas ainda assim absurdamente encantadores.
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Um cinema passado que vem nos assombrar em 2013. Poderoso!
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15/09/13
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Quase como uma peça, focado nos diálogos, e com uma fotografia digital que também dá um aspecto anti-natural. Inferior aos filmes mais recentes de Oliveira, embora contenha algumas reflexões interessantes sobre a velhice e a angústia humana.