o texto rico e fluido atravessa as imagens estáticas das estátuas e as carrega, transformando-as em cinema, enchendo-as com simbolismo e inconformismo que, esses sim, podem desafiar a morte
Bonito filme sobre o colonialismo e a imposição cultural branca x negra ( que sempre fica renegada à uma espécie de espetacularização de suas crenças e culturas)
Para melhor compreender como uma civilização - e toda sua noção de cultura, arte e memória - pode ser desfigurada de acordo com os interesses dominantes. Filme essencial!
Por um tratamento humano e igualitário ao negro e à cultura negra, e recusando um olhar de curiosidade ou de distanciamento que dá origem a todo tipo de exploração.
"(...) quando as estátuas morrem entram para a arte". A partir desse início, temos uma reflexão profunda e repleta de significados sobre a historia da África, da arte e da cultura, e os abusos do colonialismo branco. Para ser assistido várias vezes.
Ainda que divagando um pouco em conceitos e exagerando na "apresentação-cabeça", o filme questiona o colonialismo destrutivo (principalmente da Arte), ao mesmo tempo em que enaltece a cultura negra e clama pela igualdade entre os povos e raças.