- Direção
- Joachim Trier
- Roteiro:
- Joachim Trier, Eskil Vogt, Pierre Drieu La Rochelle (romance)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Noruega
- Estreia:
- 29/05/2014
- Duração:
- 95 minutos
Lupas (10)
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Joachim Trier realiza de maneira bem simples (inclusive esteticamente e de narrativa) um bom trabalho sobre um tema complexo, onde arrependimento e desesperança ficam escancarados.
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Nadar contra a iminência de um futuro vazio, ao mesmo tempo em que a saudade do que uma vez já foi se faz sentir.
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o segundo filme de Trier é uma pequena pérola sobre como a vida acontece pós determinado incidente, no caso o que acontece na vida de um ex-usuário de drogas, como as pessoas enxergam isso e lidam com isso.
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O homem brutalizado não (só) pela droga, mas pela crueldade da existência em sentido amplo. Genuinamente depressivo.
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Basta uma ou duas recorridas ao que houve, que o que há, se esvai, dando espaço ao buraco depressivo pós erro. O permear da culpa e a falta de convicção para qualquer que seja a reabilitação, jamais o tornará o que já fora antes disso.
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O melhor momento, por exemplo, se dá quando o protagonista senta à mesa de um café, observa o mundo ao seu redor e constrói mentalmente pequenas histórias sobre as pessoas que vê passar pela calçada.
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Há algo de muito bom nesse filme, mas que é pouco desenvolvido, sobretudo nos diálogos. Resultado apenas ok.
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Com um roteiro simples, de apresentar um "cretino mimado que se ferrou" (nas palavras do próprio protagonista) e não consegue sair mais das drogas, mesmo com a ajuda de todos, o filme anda em círculos, sustentado apenas pelo "papo-cabeça" maçante.
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A desorientação do protagonista é compartilhada através de uma câmera hesitante, que também vislumbra algumas tentativas de preenchimento de um vazio interior e demonstra a vocação escandinava para a melancolia.
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Trinta Anos Essa Noite versão norueguesa. Não precisa ser drogado, para reconhecer na pele vários dos tópicos no discurso de Anders... Eis o vazio permanente, a tortura da nostalgia, a solidão do cárcere...