Lupas (9)

A insegurança da juventude e a busca do emprego, da paixonite, das relações no trabalho, mostrando as expectativas e decepções desse período tão marcante.

O início da vida; emprego, mulher e outras experiências. O rapaz é inexpressivo, carrega um olhar passivo diante desse desenvolvimento de sua vida. A execução também tem essa frieza, é morna e cinzenta, até lembra o cinema de Bresson e Melville. Uma pena que, no final das contas, o longa estenda essa inexpressividade para o gosto do espectador por ele, ou seja, é um filme chatinho.

Sobre descobertas e começos. O jovem protagonista experimenta o começo da vida adulta, o primeiro emprego, a primeira paixão, um pouco de tristeza. Ele acaba por ser arrastado pela organização social que mecaniza o homem, burocratiza o trabalho, transforma a vida em uma rotina monótona e pueril. Principalmente se você pertence a uma classe social mais baixa. O simbolismo do plano final é a síntese de toda essa engrenagem impessoal e desumana. Belo filme!

Apesar de sua proposta instigante à despeito do cargo não só como posto de trabalho mas com uma posição naquilo que se busca como objetivo de vida, crescimento e amor, foi um filme que me distanciou e não me pegou em cheio. Talvez eu estivesse desatento.

O roteiro dá uma desfiada nos últimos minutos mas isso não importa. ESSE FILME É UMA GRAÇA!!!! ♥

De escrutínio da conjuntura trabalhista, passa a observação dos sentimentos de gente comum, que deseja apenas uma vida com mais perspectiva. Um belo e paciente trabalho de Olmi.

11/08/14

Filme que cria empatia mais que perfeita, natural, entre dois mundos - começando acerca do mundo adolescente, e terminando no adulto. De atuações sublimes.

O retrato de uma sociedade tediosa e bucólica e a necessidade de se realizar dentro dela.