Depois de uma primeira hora brilhante no retrato de um homem frio e solitário, dotado de uma série de existencialidades filosóficas infelizmente Sorrentino despiroca e desvirtua o filme para uma espécie de cinema gangster que não funciona.
O roteiro tem certa originalidade, mas não explica muito, e o filme se desenvolve lento (com a expressão sempre impassível do protagonista dando desânimo, mesmo na contagem do dinheiro, onde era necessária), até o desfecho propositalmente desagradável.
Sem grandes arroubos, Sorrentino oferece uma história de emoções intensas e segredos inconfessáveis. O plano de abertura é um dos melhores da década passada.