Leni Riefenstahl impressiona no seu uso da câmera tanto quanto na abertura, uma das mais bonitas para um filme de época: corpos nus, desfiles, silhuetas, corpos atléticos sendo exaltados, o ideal de beleza dos gregos em contraste com sombras e luzes, juventude aliada ao trabalho do corpo. Depois dos estonteantes minutos iniciais, o filme sobrevive pela curiosidade em comparar o esporte do começo do século XX, bem como com as reações de Hitler, que realmente consegue instigar.
Registro histórico fantástico. Catalogando as Olimpíadas com um bom número de registros (algumas provas aparecem inteiras).
Bate um contraste imenso com o nível atlético de hoje e as condições brutas da época.
Dá vontade de ver outras edições!
Lindíssima sequência inicial e um filme cheio de grandes imagens. Diferente da opinião geral, penso que Riefenstahl se interessa muito mais pela dança dos corpos atléticos do que propriamente em fazer um filme propagandista nazista.
Com imagens (100m de J. Owens, salto com vara noturno após horas de competição, etc), certamente impressionantes para a época, o documentário faz uma abordagem descritiva (bem organizada), sem emoção ou comentários, o que lhe dá grande valor histórico.
Deixando de lado o conteúdo político espúrio, o filme é um conjunto de imagens espetaculares, com tomadas completas do estádio de Berlim, uso da câmera lenta para criar tensão, enquadramentos variados dos corpos dos atletas, algo realmente estupendo.