Como de praxe em seus filmes, Walter Hugo Khouri explora os tormentos da psique humana. Em especial o vazio existencial que acomete seus personagens. E com as presenças de Lilian Lemmertz e Kate Hansen não poderia faltar sensualidade no meio da desordem.
Khouri tinha uma habilidade gigantesca com a confecção de seus planos e com a utilização das trilhas em seus filmes. Talvez seu pecado resida na falta de textos e roteiros mais convincentes ou mais profundos. Seria o meio termo entre Bergman e ANtonioni.
Com certeza baseado em Persona, tem uma ideia interessante mas é absurdamente lento e cirandeiro - fica cansativo em poucos minutos.
Poderia abandonar o existencialismo e usar o mistério (há elementos pra isso). Melhorava se tivesse falas mais objetivas.
Narrativa lentíssima, poucos personagens, cenas contemplativas desnecessárias (com closes injustificados) e muito papo-cabeça sobre existência e amor livre para disfarçar a falta de assunto: é o repetitivo Khouri na sua pior fase!