Lupas (14)

Mostra uma relação diferente entre irmãos, com temas polêmicos, mas um roteiro bem enxuto.

vaZzzzio

Temas debatidos com sensibilidade e profundidade.

Instigante tratado, sobre a vulnerabilidade de filhos, após separação dos pais. Tratado seriamente.

29/03/13

Bertolucci volta a abordar o ensimesmamento juvenil, dessa vez, com menos requinte e despido de metalinguagem. Ainda assim, há singelas passagens que valem a pena e refletem parte do tom de angústia universal dessa faixa etária atordoante.

Diga, garoto solitário, aonde vai ? Por que tanta dor ? Você perdeu sem dúvida um grande amor.

Com alguns poucos bons momentos, apesar da originalidade inicial do roteiro, o filme é tão nulo quanto a vida dos protagonistas. Nada acontece, a não ser um ou outro papo pouco inspirado sobre drogas e solidão.

Bertolucci acena com elementos estruturais cativantes (o jovem problemático, a junkie, o cárcere privado, Space Oddity na trilha), mas, em nenhum momento, consegue conectá-los harmoniosamente. Resultado: um surpreendente filme insípido e sem direção.

Eu me pergunto como Bertolucci com mais de 70 anos consegue estabelecer uma sintonia tão perfeita com o universo adolescente. Dessa vez, ele retoma o tema da intimidade intensamente compartilhada, porém de forma singela, sensível e sobretudo honesta.

Filme amarradinho, bonitinho. O que é pouco tratando- se de toda expectativa que o nome Bertolucci causa.

Beleza de resultado.Jovens se sentindo fora de lugar por nada ou deslocados pelas consequências de suas escolhas é extremamente comum. Agora uma relação intimista e fraterna não é todo dia que se vê.Belo com o ódio ocasionado pela divisão das famílias.

Bertolucci dialogando com a nova geração dentro do seu universo autoral tem como resultado um filme autêntico que certas vezes parece mal desenvolvido em termos de personagens mas absurdamente bem filmado.