A temática em si não me empolga, o próprio melodrama do triângulo não me chama muito atenção, exceto aquela última frase que Henty Fonda solta e encerra um filme bastante comum de forma magistral.
Nenhum grande cineasta envelhece cinematograficamente, mas contextualmente pode soar ingênuo. Nesse ponto Preminger se mantém atual pq seus personagens flertam com a psicopatia e as relações de poder são extremamente cruéis. Observação minuciosa sempre.
Se o olhar é fictício, a presença dramática é especialmente carnal, quase expositiva, decerto visceral. Preminger expõe a sangria mesma das relações humanas mais sensíveis e delicadas com sutileza cabível outrora a um quadro de Brueguel.
Poucas vezes o cinema classico estudou relacionamentos de forma de espontânea e densa, sem falar do trio sensacional. Quase uma obra-prima do melodrama.