Fabulação e poesia. Histórias que moldam o imaginário coletivo da humanidade. Fluxo eterno de palavras, imagens e sons. A sexualidade como parte intrínseca da vida. Produto genuíno de um artista inquieto.
Tudo feito com meticulosidade, pelo genial PASOLINI. Uso quase que exagerado, porém dentro do contexto, de nús femininos e masculinos frontais, jamais vistos, em filmes que não do gênero erótico.
O filme mais interessante da "trilogia da vida", mas ao mesmo tempo o mais enfadonho. Enquanto a história principal é divertidíssima, algumas outras são alongadas em excesso (como a do rapaz apaixonado pela moça da janela, e que se dá muito mal).
Cansado das fracas bilheterias de seus filmes, Pasolini resolveu fazer uma obra popular, 'para as massas', como seus amigos comunistas queriam. Resultado: fiasco maior ainda, mas o filme não deixa de ser curioso, apesar de tosco e sem graça.
Quando Pasolini decidiu filmar os decanos que originaram três línguas primordiais, o cinema ganhou uma coleção interessante demais.
É bastante mal-feito e artificial mas é igualmente curioso e surreal, traz um clima saboroso de lenda, aquele ar de sonho com tantos buracos e ausência de lógica linear.