Para os iniciados em Bressane, não é surpresa seu cinema declamado, de textos densos e pouca ação. Deixando Eiras à frente de seu ensaio sobre alguns meses na vida do filósofo do niilismo, ele convida a uma curta, porém pesada, viagem.
Bressane filma Nietzsche como um homem em busca de um certo estado de completude, um desejo de atemporalidade. Talvez seja uma busca da natureza da filosofia, procura infrutífera, mas capaz de despertar um sem fim de sensações. Questão de transcendência?
Chato pra cacete,igualmente lindo.
Fácil de dispersar e se perder nas divagações,mas a diversão mesmo de ver algo assim não some.
Fernando Eiras como Nietzsche é uma das atuações masculinas mais interessantes de se ver.
Sensacional... Grande ideia para o que pode ser uma das maiores sequências de todos os tempos do cinema sacal: Dias de... Mozart em Viena, Rui Barbosa em Haia, Gandhi em Londres, Ingrid Bergman em Stromboli, e por aí vai, é só escolher!
Julio Bressane tem uma certa tendência ao pedantismo que não incomoda em seus melhores trabalhos (na verdade, é uma delícia), mas aqui nem o ator (em excelente atuação) conseguiu contornar a prolixidade do roteiro.