Por trás de um romance eficiente, Suzuki traça uma contundente critica aos códigos de conduta, rigidez, hierarquias e lavagens cerebrais perpetradas pelo militarismo.
Filme de aura visual inigualável.Suzuki impõe lirismo, poesia e porque não onirismo dentro daquele cenário, sujo, brutal e amargurado. Ambos personagens, estão voluntariamente à mercê da degradação moral, caminho em que a liberdade só vêm através da morte
Dos meus filmes japoneses favoritos, é a perfeita ilustração do que Seijun Suzuki enfrentou a vida inteira: a narrativa tradicional X cinema autoral. Como unir os dois? Este filme responde. Belíssimo, surreal, ousado, singular, fora da caixa, perfeito!
Fabio Bach |
Em 24 de Fevereiro de 2018 |NOTA: 9.5
Funciona como um conto sobre a insanidade da guerra... ou uma espécie de romance autodestrutivo. Mas o que sobressai mesmo é o apuro visual de Suzuki, sempre procurando a forma mais significativa de compor um plano.
Uma história de vida muito interessante e com uma personagem principal muito bem construída. Só pela história já valeria o filme, mas os experimentalismos de Suzuki o valorizam ainda mais.
Lirismo visual acentuado para subverter o realismo brutal e anti-cinematográfico das situações. Com seu brilhantismo, Suzuki comanda cenas inestimáveis nos 45 de ambos os tempos em um dos seus melhores atestados. FILMAÇO!