Muito bonito em termos estéticos mas confesso que Renoir um tanto novelesco não me empolgou tanto assim. Tem alguns momentos bonitos da cultura indiana mas o romance em si me deu sono.
Além da mistura de culturas e seus contrastes, é interessante como Renoir mostra a descoberta do amor e suas alegrias e tristezas. Possui momentos pesados de reflexão.
Possui uma visão claramente estrangeira, até pasteurizada, da Índia. De resto, é tipo um capítulo fraco de uma novela das 6. Se o objetivo era sensibilizar o público através de sutilezas e das relações humanas, o filme falhou.
Renoir observa, em composições estonteantes, a cultura indiana com o mesmo olhar estrangeiro fascinado da protagonista que narra suas memórias, ressaltando quão relevante é o local onde crescemos na nossa formação e quão cíclica é a vida.
Renoir trabalha com simbolismos comuns a uma narrativa universal (transição para a vida adulta, pertencimento a um lugar, destino, a força do prosaico). O que resulta em um filme delicado, poético e de beleza singular. Um encanto para os olhos e coração!
Plasticamente é bonito, mas não senti Renoir a vontade numa prod americana, em discurso (1º q vejo dele nessa fase). Existe uma crítica à ocupação inglesa, mas mto suave, engolida p/ estética hollywoodiana. O retrato da Índia também soou mto estereotipada