Falta carisma aos personagens e um pouco de personalidade ao enredo, que já constitui um subgênero: o sujeito transeunte pela própria vida, que ainda não se encontrou e segue tateando. Alguns momentos prosaicos até funcionam, mas o percurso no geral é tedioso, com pouco a dizer.
Semelhanças com Encontros e Desencontros são nítidas, mas diferente da obra de Coppola, este tem roteiro apressado, personagens incógnitos e envolvimento nulo. O exemplo perfeito do roteirista que não soube desenvolver a historia de peso que tinha em mãos
Na estrada da vida, onde as paisagens se substituem, a certeza é que sempre existirão aqueles momentos de descontinuidade e palavras certas não-ditas, que se escondem atrás de seres humanos na defensiva, ansiando pelo o outro que os tire de sua fortaleza.
Um filme que nos convida a filosofar sobre o acaso e o amor, e por várias maneiras. É, de longe, um dos melhores filmes a estrear no Brasil em 2011, junto de Cópia fiel e A árvore da vida.