Gosto de chamar o "Cinema de Cassavetes" como um "Cinema Humanista", essa obra apesar de possuir um formato típico de estúdios, consegue proporcionar questões humanas a frente de seu tempo e relevantes até hoje. Mostrando a relevância e importância que pessoas consideradas à margem da sociedade por serem deficientes, portanto descartáveis e não desejadas, sempre mpstrando o amor, empatia e acima de tudo disciplina e independência como fatores chave para a inclusão social dessas pessoas.
Mesmo preso a uma trama imposta pelo sistema de estúdios - algo que Cassavetes subvertia como ninguém - as questões humanas e complexas da obra do cineasta permanecem tão potentes como em seus outros filmes. E Gena Rowlands... Meu Deus, que atriz!!!
Judy Garland não acredita no poder da música para salvar neste drama um tanto estranho, mas feito com esmero. Adensa ao melodrama, mais um olhar sobre 'desajustados' de Cassavetes.
Levanta com propriedade a bandeira de que ninguém é irrecuperável, mas o percurso até então é carregado de tristeza. Garland em uma nobre despedida das telas.