- Direção
- Kenji Mizoguchi
- Roteiro:
- Aleksandr Kuprin (romance), Kenji Mizoguchi, Yoshikata Yoda
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Japão
- Duração:
- 69 minutos
Lupas (9)
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Mizoguchi não só mostra o destino sempre cruel das gueixas no Japão (e de uma maneira geral de todas as mulheres), ainda que sejam de personalidades distintas, mas também aborda o comportamento dos homens com sua masculinidade tóxica e atemporal.
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Tem algo perigoso no discurso quando Mizoguchi escolhe uma personagem quase diabólica e calculista para enfim criticar o machismo e as relações de poder, até porque alguns podem ver como merecido o desfecho da gueixa, especialmente sob o olhar da época.
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O povo ostenta muito Neorrealismo, Nouvelle Vague, nova Hollywood, etc, como sendo os cinemas que “foram para as ruas” e mostraram a vida real. Mizoguchi já fazia isso lá atrás. E o final deste é um grito, um manifesto uma indignação social muito forte.
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Filme menor do mestre. A falta de um clímax forte acabou prejudicando o resultado final. Num comparativo com outras obras perde força.
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As mulheres procuram seu lugar na machista sociedade japonesa. Seja o caminho do confronto ou da aceitação, é sempre elas que sofrem o pesar no final. Mizoguchi aprimoraria o tema com mais refinamento no futuro, mas é um filme cativante, belo e honesto.
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27/04/14
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A falta de um clímax emocional como a história merecia faz falta, mas a condução de Mizoguchi é imbatível, construindo uma história densa até o último fade in. Belo filme.
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Mizoguchi e seu tema mais frequente - a mulher como vítima da estrutura social e do egoísmo dos homens - aparecendo sempre de maneiras distintas, e aqui não é diferente; pena que os diálogos explicitem demais, vez ou outra, o discurso crítico.
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Outro atestado de Mizoguchi em defesa das gueixas.A desilução que ao fim toma suas personagens é dolorosa. Talvez exagere quando fala dos homens mas mesmo assim é emocionante.