- Direção
- Valerio Zurlini
- Roteiro:
- Dino Buzzati (romance), André G. Brunelin (roteiro e história), Jean-Louis Bertuccelli (história), Valerio Zurlini (diálogo)
- Gênero:
- Drama, Guerra, Suspense
- Origem:
- Alemanha Ocidental, França, Itália
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 140 minutos
Lupas (12)
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Um estado permanente de espera. A passagem do tempo em sua força inexorável e dolorosa. Homens que se transformam em espectros do ontem. O simbolismo vazio do militarismo. O ritual apático das instituições. A quase inevitável angústia de ser corroído pelo vazio de si mesmo. Filme de imagens impregnadas de uma melancolia poética e desconcertante, uma beleza pictórica que ecoa no inconsciente, que provocaram em mim uma singela reflexão sobre o meu próprio tempo. Zurlini era um esteta se igual.
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Ao mesmo tempo que Zurlini cria uma crítica às guerras, também mostra a necessidade da vigília ao concluir a obra em um dos momentos mais angustiantes de sua filmografia inteira. Sua tristeza e desesperança transparecem com temas densos que ele traz aqui, já indicando o rápido avanço da melancolia que por fim também conduziria Zurlini para o suicídio.
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Um filme de Zurlini que não funcionou comigo dada sua intencional morosidade e intenção de filmar o vazio. Elenco de primeira,cenários magníficos e direção de primeira e ainda sim senti uma vontade imensa em dar fast-foward.
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Dotado, do início ao fim, de uma inquietante e hipnótica atmosfera de loucura iminente e perdição existencial. São 140 minutos passados nas pontas dos pés à beira de um precipício.
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Com uma parte técnica adequada (destaque para a trilha sonora de Morricone) e um elenco eficiente, o filme é sensível, mas o roteiro vago (e sem muita explicação de algumas cenas de missão militar no forte) e a edição lenta o tornam um pouco sonolento.
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Isso foi filmado mesmo?
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Zurlini, o Poeta da Melancolia, vai à guerra. E o resultado não é menos que desconcertante.
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07/01/11
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Posições, petulância, obediência, enfim, tudo o que gera uma companhia forçada pelos deveres, é mostrado neste filme muito forte, baseado no livro homonimo de DINO BUZZATI.
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Sobre a impotência do homem frente ao mundo, falando tanto da opressão pelas instituições quanto de um sentimento interior de não-realização e melancolia. Mise-en-scène precisa de Zurlini, com o homem sendo esmagado e sumindo na amplitude do deserto.
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O rigor militar cai bem neste posto morto no meio do deserto.A solidão e a ausência de movimento são opressoras e uma simples continência já é algo pra ser visto. Mas o pior é a espera (por algo que talvez nunca venha),à quem deseja estar em outro lugar.
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Arte: 10 Técnica: 10 Ciência: 9.5 Total: 9.83